O Porto é uma cidade linda, com seus segredos e peculiaridades. Certamente ainda há muito a descobrir, mas aos poucos a cidade se revela, seja pelos aspectos positivos ou outros nem tanto. Existem algumas coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto.
Antes de começar, é bom fazer um alerta, Porto é sempre o, no Porto, nunca em Porto. Então, vá se habituando a forma de tratar a Invicta. Vamos a isso:
1. Encontrar bares com música ao vivo é uma raridade
No Porto, os bares e casas noturnas com música ao vivo são bem raros. Eventualmente pode haver um dia da semana com alguma atividade cultural, mas música nem sempre.
Não espere encontrar um barzinho, mesmo no auge do verão, com um cantor fazendo um showzinho de voz e violão ou uma banda completa.
Por outro lado, no verão, espere encontrar nas principais ruas da cidade vários cantores de rua, fazendo pequenos shows. Em alguns casos são bandas inteiras. No verão é difícil circular pelos principais pontos da cidade sem encontrar pelo menos um artista de rua cantando e tocando. Eu amo esses momentos e ele duram pouco, porque na maior parte do ano está: chovendo.
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2. Chove muito no Porto, muito mesmo
Espere um longo inverno chuvoso no Porto. A cidade é bem chuvosa, a partir de novembro/ dezembro, a chuva é constante. E não pense que termina em março, como no Brasil, um ditado famoso do Porto é “abril, águas mil”.
A deliciosa combinação de frio e chuva pode desagradar muitos habitantes de primeiro inverno, mas a verdade é que a cidade tem seu charme. No período espere encontrar em cada esquina as quentinhas e boas: castanhas assadas.
Mas sejamos honestos, nem só de maravilhas vive o período chuvoso do inverno, a época super úmida traz um problema bem chato: o mofo. Seja nas paredes que ficam extremamente úmidas nas casas, nos banheiros sem janela ou, ainda, nas roupas fechadas no guarda-roupas. Dica: compre todos os potes de sílica que puder e coloque em todos os armários da casa.
Que chove muito a gente já falou, né?! Mas tem uma das coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto é que a chuva vem de todos os lados, inclusive do chão (é brincadeira, só para dizer que ela vem acompanhada de vento). Então, um simples guarda-chuva não vai solucionar em nada seu problema, sem contar que a chance dele quebrar com o vento é enorme.
Assim, se você não quiser gastar uma pequena fortuna com guarda-cuva e continuar se molhando, a dica é comprar (também) uma capa de chuva, de preferência daquelas que cobre até as pernas. E sapatos adequados, sempre! Nada de trazer aquela botinha simples do Brasil, ela precisa ter solado grosso e ser bem resistente para aguentar os 6 meses de chuva.
4. Não se compartilha garrafa na mesa do bar
Assim como acontece na maioria dos países europeus, o ato de beber é solitário, pelo menos em relação à garrafa. No Porto, não existe a tradição de pedir uma garrafa de cerveja com 4 copos e compartilhar. É mais comum cada um pedir a sua mini (garrafinha de 250ml) ou um fino (chopp).
Litrão então, só no supermercado. Mas existem alguns bares que servem torres de cerveja. Se for para compartilhar, tem que ser uma garrafa de vinho, esse sim está presente na maioria dos bares e pode ser compartilhada.
Esse tema é controverso, e confesso que vem mudando um pouco. Mas o famoso atendimento “à Porto” dos bares tradicionais da cidade é considerado rude por alguns turistas, principalmente brasileiros.
Não se importe, é o jeito deles de ser, eles não querem ser mal-educados. Depois de anos na cidade a gente já diz: “vamos lá no bar tal, comer aquelas sandes maravilhosa e ser maltratado pelos garçons?”.
Além da cidade ser limpa constantemente pelos caminhões que fazem varredura, as pessoas, no geral, não tem hábito de jogar lixo no chão. Mas uma das coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto é que o mesmo não pode ser dito sobre as bitucas de cigarro.
As beatas, como são chamadas por aqui, estão por todos os lados, mesmo com a lei que multa os infratores, esse problema ainda pode demorar a ser resolvido.
7. As ruas são um campo minado… de coco de cachorro
A verdade é que é praticamente impossível andar por um quarteirão sem encontrar pelo menos um coco de cachorro. É triste, mas é um fato inegável sobre os moradores. Mesmo com campanhas locais e alguns pontos com saquinhos gratuitos pelas ruas, as pessoas tem coragem de deixar a merda (literalmente) no chão.
É muito comum andar pela cidade e se deparar com os animais defecando e os donos simplesmente seguindo seus caminhos sem para apanhar os dejetos. Esse problema também existe nos parques, mesmo os destinados exclusivamente para cães.
8. Você pode ser atacado por uma gaivota
Dizem, que as gaivotas no Porto são maiores hoje do que eram antigamente, infelizmente elas se adaptaram a comer lixo e restos de alimentos. Não é incomum passar por algum lugar com comida dando sopa e encontrar uma gaivota. Mas cuidado, elas podem não ser muito dóceis.
O ataque propriamente dito não é comum, mas elas se tornam agressivas se você se aproximar da comida. Em algumas casas com quintal, por exemplo, quando as pessoas fazem churrascos, elas ficam a espreita esperando para roubar comida.
Muitas cidades brasileiras celebram o São João, mas em nada ele se parece com o do Porto. Celebrado no dia 24 de junho, o dia é especial e de festa, já que é o principal feriado municipal.
As pessoas saem as ruas, assam sardinhas na brasa na porta das casas, e batem um martelinho de plástico na cabeça das outras (sim, essa é a tradição). Outra tradição que soa muito estranha para nós, brasileiros, é soltar balões, eles fazem parte da festa e as pessoas se reúnem com amigos e familiares para soltar os bolões que iluminam os céus da cidade.
Ainda sobre iluminar os céus, há uma queima de fogos na ponto D. Luís, o evento reúne mais pessoas que o réveillon e é imperdível para quem vive na cidade.
10. O Porto e a Francesinha
Certamente você já ouviu falar da Francesinha, um famoso sanduíche local que leva, além de várias carnes, um delicioso molho picante. O prato é um dos mais simbólicos e famosos na cidade, mas uma das coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto é: nunca diga a um portuense que não gosta de Francesinha, isso é um sacrilégio.
Por se tratar de um prato bem pesado, quase como uma feijoada no Brasil (no sentido de ser um prato difícil de comer), é comum que quem chegue na cidade não goste imediatamente. A verdade é que é uma questão de hábito e, também, de encontrar a Francesinha certa. Então, enquanto você não encontra a que mais gosta, peça recomendação para os amigos portugueses e se perguntado sobre o tema, já sabe, nada de dizer que não gosta.
11. Os portuenses têm orgulho da cidade (e uma rixa com Lisboa)
Antes de mais nada, você precisa saber que existe uma rixa bem grande entre o Porto e Lisboa. Ela normalmente aparece nos detalhes. Por exemplo, no Porto não se pede uma Sagres, a Super Bock é a cerveja do norte de Portugal. Ainda nesse tema, também não se pede um imperial, é sempre um fino.
São muitas as expressões que identificam uma região e outra, de certa forma, a cidade do portuense é bem marcante.
Bônus: por que Invicta?
Se você já esteve no Porto, provavelmente já ouviu a cidade ser chamada de Invicta. O motivo é de dar orgulho na população local: Porto nunca foi invadida.
Essa história remonta especialmente as Guerras Liberais em Portugal entre 1832 – 1833. No período, D. Pedro IV (o I do Brasil) lutava para garantir o direito ao trono português a sua filha, D. Maria II, a fim de implantar o liberalismo em Portugal. As tropas de D. Pedro IV foram cercadas no Porto, por D. Miguel, tendo o cerco durado mais de um ano.
O povo portuense teve papel fundamental nesse período ao apoiar as tropas, por causa disso, o coração de D. Pedro IV está no Porto, mais precisamente, na Igreja da Lapa.
Existem ainda muitos segredinhos sobre o Porto que você vai aprender quando chegar. Mas para quem já vive na cidade, deixe um comentário sobre quais as coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto ficaram faltando?
Se está se preparando para vir para o país lusitano, recomendo o nosso Programa Morar em Portugal. Um guia com 22 vídeos com tudo o que você precisa saber para preparar a sua mudança para o país sem imprevistos, desde a documentação até a adaptação ao país, vale a pena!
Olá! Me chamo Carol Ventriglia, sou fotógrafa de casamento e ensaios fotográficos pela cidade de Lisboa. Moro em Lisboa tem 3 anos. Nesse artigo eu vou te contar como é ser uma fotógrafa brasileira em Portugal.
Quem é a Carol Ventriglia?
Sou do Rio de Janeiro, carioca da Gema, e decidi vir morar em Portugal em 2017 quando já não estava satisfeita com a qualidade de vida que o Rio de Janeiro me proporcionava.
Meu Primeiro passo foi começar a ver como era o mercado de trabalho em Portugal, custo de vida comparado com o salário mínimo, preços de apartamento para alugar, contas de Luz, Gás, Telefone e internet, na época até em site de supermercado eu entrei, criei uma lista de compras virtual para ter ideia de quanto eu gastaria por mês. E nisso o Euro Dicas me ajudou muito!
Ela não começou logo atuando na área
Eu não cheguei em Portugal com a ilusão de conseguir trabalhar diretamente com fotografia, afinal, eu não tinha uma rede de contatos construída e nem tinha uma ideia real de como era o consumo desse mercado de luxo aqui.
Então eu fiz uma pesquisa de emprego pelo Linkedin em empresas multinacionais que tinham a ver com a minha primeira formação: Relações Internacionais, e o que me ajudou muito nesse processo foi ser fluente em 3 idiomas.
Uma grande dica para quem pretende vir morar em Portugal e construir uma carreira é: venha com no mínimo inglês fluente, isso vai te dar mais oportunidades.
Importância de falar outros idiomas
Portugal tem um ensino educacional público muito bom! Para ter uma noção, o ensino em Portugal é o único da Europa que melhora todos os anos desde 2000, e tem escolas modelos que são estudadas e copiadas por diversos países do mundo.
Um fator que chama muita atenção é a qualidade do ensino de Portugal em línguas, mesmo em escola pública, o aluno se forma falando fluentemente o português, o inglês e mais um idioma a escolha da turma (em geral, alemão ou francês) e são com essas pessoas que você vai competir no mercado de trabalho.
Construindo a carreira de fotógrafa brasileira em Portugal
Voltando para minha experiência e como consegui construir uma carreira como fotógrafa de casamento em Portugal. Primeira coisa que eu fiz foi me inscrever no curso de especialização do Instituto Português de Fotografia e paralelo a isso eu fiz diversos workshops para entender como funcionava o mercado e principalmente a estética e imagem que o público europeu consumia.
Começou como assistente
No início eu fui assistente de vários fotógrafos, e isso sem dúvida foi uma das minhas maiores escolas. Essa experiência foi essencial para ter ideia de como funcionava a dinâmica de um casamento tradicional português, que é completamente diferente da dinâmica brasileira.
Depois e não menos importante foi estudar como seria meu canal de comunicação e marketing, visto que o europeu consome a internet (exemplo: Instagram, Facebook, Pinterest, etc) de uma maneira diferente dos brasileiros.
Os casamentos portugueses são diferentes dos brasileiros
Por aqui o grande dia dura em média 12 horas, making of da noiva e do noivo, cerimônia que pode ser na igreja ou diretamente na quinta (aqui uma fazenda ou sítio se chama quinta), coquetel depois da cerimônia, jantar, pista de dança e por último e para sinalizar o fim da festa vem o Corte do Bolo.
E se você me perguntar qual a vantagem do dia por aqui ser mais logo, sem dúvida eu te respondo com: calmaria e menos pressão para os noivos!
Por aqui uma etapa essencial é sentar para jantar com a família por 2 horas seguidas, enquanto a música ainda está baixa, rever os familiares, abraçar com calma todos os convidados e curtir aquele momento sabendo que a hora da pista de dança ainda vai chegar.
Portugal tem celebração de todos os tipos de casamentos, por ser no momento, o queridinho dos olhos da Europa, o clima sempre muito bom e os preços e serviços mais baratos é um ponto muito positivo.
Tradições diversas e respeito cultural
É um país que, cada vez mais vai ficando aberto para culturas diferentes, tem muito casamento indiano, casamentos temáticos e de diversas religiões, são muito receptivos com casamento do mesmo sexo, visto que, já foi legalizado desde 2010.
Apesar de Portugal ser um local que a religião é bem forte na sociedade, o que mais me admira é o respeito pela vida e cultura do outro, afinal, cada um sabe o que é melhor para si.
Quanto ganha um fotógrafo em Portugal?
Agora você deve estar se perguntando quanto ganha, em média, um fotógrafo de casamento em Portugal. Eu costumo dizer que depende da região que você escolhe morar e do seu público.
Eu moro em Lisboa, onde tem muito Destination Wedding, ou seja, trabalho muito com o público europeu e brasileiro que vem casar em Portugal, ou até portugueses que moram fora de Portugal, mas não dispensam o céu azul que essa cidade proporciona o ano inteiro!
Então ouso dizer que, por casamento os valores podem variar de mil euros até 3 mil euros em média, depende muito se os noivos vão querer cobertura fotográfica somente para o dia, ou quer fazer uma festa de boas-vindas no dia anterior, o famoso Welcome Drink, se vai querer contratar álbum impresso se vai querer sessão fotográfica pré-wedding ou trash the dress.
Photo-tour em Lisboa
Trabalhando com esse público que vem casar em Portugal eu tive a ideia de começar a fazer ensaios fotográficos pela cidade de Lisboa e também fotografar criadores de conteúdo, blogueiras e influencers.
Caminhando pela cidade vou mostrando como é a vida de um local ou seja vamos fazer um Photo-Tour e eu vou mostrando o estilo de vida do lisboeta, quais são os melhores lugares para assistir o pôr-do-sol, tomar um chopp que aqui se chama Imperial, dou dicas dos melhores restaurantes típicos, e claro, vamos fotografando tudo o que essa cidade tem de mais bonito.
Vale a pena ser fotógrafa em Portugal?
O importante de imigrar e recomeçar é ter estratégia, procurar parceiros para fazer network e mostrar seu trabalho todos os dias.
Se você me perguntar se vale a pena ser fotógrafa em Portugal eu digo: depende do seu estilo de vida. No Brasil, culturalmente existe um capitalismo selvagem que faz com que o consumo seja uma fonte quase essencial para você estar inserido na sociedade, então se o seu desejo é fotografar casamentos com muitos convidados, decorações de milhares de reais e todos aqueles milhares de fornecedores, talvez Portugal não consiga atender às suas expectativas. Aqui a essência é outra, por isso o importante é verificar se o estilo de vida minimalista daqui te agrada.
Boas notícias para os interessados em obter a cidadania portuguesa! Depois das alterações na Lei de Nacionalidade Portuguesa aprovadas em 2018, a Lei foi recentemente revista pelo parlamento do país. Esteve em discussão não apenas a simplificação de requisitos para netos, cônjuges e companheiros de portugueses, mas também para crianças nascidas em Portugal.
Alterações na Lei de Nacionalidade portuguesa: como é hoje e o que vai mudar
Após meses de discussão, a Proposta de Alteração foi encaminhada pelo Parlamento para
análise do Presidente da República, o qual vetou parcialmente as mudanças até então
sugeridas, devolvendo ao Parlamento para reapreciação, especialmente quanto aos requisitos para obtenção de nacionalidade pelo casamento e união estável.
Após alguns ajustes por parte dos Grupos Parlamentares, houve a reformulação do texto,
sendo que no último dia 02 de outubro, finalmente, foi aprovada a Nona Alteração à Lei da
Nacionalidade Portuguesa pelo Parlamento, a qual detalharemos mais abaixo.
Mas calma, as novas regras ainda não estão em vigor.
Agora o texto segue novamente para promulgação por parte do Presidente da República e, caso não haja novo veto, as alterações aprovadas, deverão ser regulamentadas pelo Governo num prazo de 90 dias, a contar da data da sua publicação.
De qualquer forma, vale a pena conhecer em mais detalhes as principais mudanças que provavelmente entrarão em vigor muito em breve!
1. Cidadania para netos de portugueses
Como é hoje?
Dentre os principais requisitos para que possam obter a cidadania, os netos de portugueses devem comprovar vínculos efetivos com Portugal. Sem dúvidas que hoje esta exigência é a principal responsável pela grande maioria dos indeferimentos de pedidos de cidadania por netos de portugueses.
Isto porque a lei trata de maneira subjetiva a forma como tais vínculos devem ser analisados: sendo de competência do Governo de Portugal a avaliação da relevância de tais laços, que incluem o conhecimento suficiente da língua portuguesa e contatos regulares com o território nacional.
Apesar da lei elencar algumas situações que indicam estes vínculos, como, por exemplo, a residência legal no país, a propriedade de imóveis em Portugal por pelo menos três anos ou o vínculo à associações portuguesas no estrangeiro, fica ao critério final do julgador a avaliação da relevância destes vínculos.
O que mudará?
Embora a lei siga exigindo comprovação de vínculo efetivo com a comunidade portuguesa, a nova versão inova ao explicitar apenas o domínio da língua portuguesa como comprovante destes vínculos. Inclusive, foi suprimida a menção aos contatos regulares com o território português para este efeito.
Logo, assim que estiver valendo, serão considerados como requisitos essenciais para
atribuição da nacionalidade a netos de portugueses o domínio da língua portuguesa e que
estes não tenham nos seus antecedentes condenação superior a três anos ou suspeitas de
ligações a atos terroristas que possam representar um perigo à comunidade nacional.
Portanto, para brasileiros, ou nativos de países de língua oficial portuguesa, com certeza esta alteração vem a facilitar significativamente a probabilidade de aprovação do seu pedido de cidadania portuguesa.
2. Cidadania para Cônjuges ou Companheiros de Portugueses
No caso dos cônjuges, o casamento deve também ser previamente reconhecido em Portugal. Relativamente aos companheiros, a união estável precisa ser comprovada através de sentença judicial portuguesa, o que dificulta ainda mais o processo.
Adicionalmente, em ambas as hipóteses é necessário ainda comprovar os vínculos efetivos com a comunidade portuguesa, sob pena de indeferimento do pedido de cidadania.
Neste sentido, a lei prevê algumas hipóteses objetivas em que se presumem estes vínculos, tais como 5 anos de casamento ou união estável com português originário, ou ainda a presença de filhos portugueses originários decorrentes destes relacionamentos, sendo necessário que o requerente seja natural e nacional de país de língua portuguesa ou fluente em português.
O que mudará?
Neste campo, a ideia do Parlamento Português era de também de simplificar os requisitos
da cidadania para cônjuges e companheiros de portugueses, contudo, as mudanças inicialmente propostas foram vetadas pelo Presidente da República.
A partir de agora, os casais que possuem filhos com nacionalidade portuguesa equiparam-
se aos casais que não possuem esta condição para fins de obtenção da nacionalidade,
permanecendo inalteradas as demais exigências, quais sejam:
1. Tempo mínimo de três anos de união para requerer a nacionalidade portuguesa;
2. Obrigatoriedade do reconhecimento prévio da relação em Portugal (averbação do
casamento ou reconhecimento judicial da união estável);
3. Comprovação dos vínculos pelo cônjuge/companheiro com a Comunidade Portuguesa.
Por fim, seja para cônjuges como para companheiros, não será necessária a
comprovação de vínculos efetivos com Portugal quando o relacionamento decorra há mais de 6 anos. Nesta hipótese os vínculos são presumidos, isto é, reconhecidos automaticamente pelo Governo Português.
Estas alterações, apesar de acabarem com a discriminação que a Lei fazia entre casais sem filhos ou com filhos já nascidos em Portugal, acaba por dificultar a aquisição dacidadania portuguesa, quer seja pelo casamento quer seja pela união estável, especialmente para recém casados.
3. Cidadania para filhos de imigrantes nascidos em Portugal
Como é hoje?
Somente é facultada a nacionalidade portuguesa originária às crianças nascidas em Portugal que tenham, pelo menos, um dos pais como residente legal no país há pelo menos 2 anos.
Relativamente à nacionalidade por naturalização (derivada), é possível ainda a sua obtenção aos nascidos em Portugal nas seguintes hipóteses:
Caso um dos seus pais seja residente, legal ou ilegal, em Portugal há mais de 5 anos; ou
Caso o menor tenha concluído, pelo menos, um ciclo do ensino básico ou o ensino secundário em Portugal.
O que mudará?
Primeiramente, os filhos de estrangeiros nascidos em Portugal terão direito à cidadania portuguesa originária desde que, no momento do seu nascimento, um dos progenitores resida legalmente no território português, ou resida no país independentemente do título, há pelo menos 1 ano.
Esta alteração reduzirá o período temporal que se exigia anteriormente, refletindo o critério temporal de um ano que é usado tanto pelas Nações Unidas quando pela União Europeia para distinguir imigração de outros movimentos temporários de pessoas e turistas.
Adicionalmente, a referida alteração também abre espaço para que nascidos em Portugal, filhos de imigrantes, sem residência legal no país, mas aqui ali viviam há pelo menos 1 ano, possam também tornar-se portugueses. O que não era possível anteriormente por esta via originária, tornando mais fácil o acesso à nacionalidade pelos filhos de estrangeiros residentes em Portugal, mesmo que se encontrem ilegais.
Relativamente à possibilidade de cidadania por naturalização (derivada), houve uma ampliação das possibilidades dos nascidos em Portugal tornarem-se portugueses por esta via, nomeadamente:
Caso um dos seus pais sejam residentes, legais ou ilegais, em Portugal há mais de 5 anos, ou;
Caso um dos progenitores tenha residência legal em Portugal, independentemente do tempo,ou;
Caso o menor tenha concluído, pelo menos, um ano da educação pré-escolar ou ensino básico, secundário ou profissional no país.
4. Cidadania para descendentes de judeus sefarditas
Como é hoje?
O Governo pode conceder a nacionalidade portuguesa, por naturalização, aos descendentes de judeus sefarditas portugueses mediante a demonstração da tradição de pertença a uma comunidade sefardita de origem portuguesa, com base em requisitos objetivos comprovados de ligação a Portugal, designadamente apelidos, idioma familiar, descendência direta ou colateral.
Para tanto, o principal requisito a ser apresentado é um Certificado, emitido pela Comunidade Judaica do Porto ou de Lisboa, que ateste a origem sefardita do requerente.
O que mudará?
Infelizmente o texto de alteração legal aprovado não prevê a facilitação dos requisitos para esta categoria de interessados, ao contrário.
Apesar da possibilidade de concessão de cidadania aos descendentes de judeus sefarditas portugueses se manter, há uma determinação para que se regulamente melhor esta situação com vista a garantir, no momento do pedido da cidadania, o cumprimento efetivo de requisitos objetivos comprovados de ligação a Portugal.
Portanto, ainda que não haja uma previsão clara sobre como comprovar estes requisitos objetivos, o que se espera é um aumento no rigor para a concessão da cidadania para descendentes de judeus sefarditas portugueses.
5. Outra novidade
Outra alteração aprovada pelo Parlamento foi a de alargamento do acesso à naturalização de pessoas nascidas em Portugal entre 25 de abril de 1974 e 1981 (ano em que foi promulgada a atual Lei da Nacionalidade Portuguesa). Isso visa resolver um problema histórico vinculado à independência das ex-colônias portuguesas, ajustando a situação de pessoas que em 1974 se viram privadas da sua nacionalidade portuguesa por residirem no país a menos de 5 anos.
Conforme referido, estas mudanças ainda não estão em vigor, mas se espera que sejam definitivamente aprovadas muito em breve, uma vez que a redação final da Nona Alteração à Lei nº 37/81, de 3 de outubro – Lei da Nacionalidade já foi encaminhada novamente parasanção Presidencial.
Sem dúvidas que as mudanças serão de grande valia, especialmente para os netos de
portugueses, e crianças nascidas em Portugal, filhas de imigrantes residentes em Portugal.
Portanto, se você faz parte de uma destas categorias beneficiadas pelas alterações na Lei de Nacionalidade Portuguesa e deseja mais informações, entre em contato conosco ou continue acompanhando as nossas publicações.
Com a oportunidade de aproveitar a melhor idade com mais qualidade no país luso, muitos brasileiros que estão aposentados e que pretendem viver na Europa querem saber como receber aposentadoria do Brasil em Portugal. Se você é um deles, este artigo é para você.
Aqui, vamos falar sobre como receber aposentadoria do Brasil em Portugal e qual é a melhor forma.
Além disso, você verá quanto deve pagar de imposto para receber aposentadoria na terrinha, se o valor a ser recebido para morar no país europeu é suficiente, de acordo com uma simulação e com o custo de vida nas principais cidades portuguesas, entre outras informações.
Como receber aposentadoria do Brasil em Portugal sem perder muito dinheiro
Se você pretende saber como receber aposentadoria do Brasil em Portugal, deve considerar a importância de encontrar as melhores formas de recebimento. Isso porque [em outubro de 2020] o real está extremamente desvalorizado em relação ao euro (1 euro está valendo quase 7 reais).
Além disso, devemos destacar que, para receber aposentadoria do Brasil em Portugal, é preciso pagar 25% do valor de sua aposentadoria à Receita Federal do Brasil.
Como receber a aposentadoria do Brasil em Portugal?
É possível receber aposentadoria do Brasil em Portugal de diferentes maneiras seguras, como por meio de:
Mas qual é a melhor forma de receber a aposentadoria em Portugal?
Se você pretende saber como receber aposentadoria do Brasil em Portugal obtendo um melhor custo-benefício, deve saber que a melhor maneira é utilizando as plataformas digitais.
Além da vantagem de você não precisar sair de sua casa para realizar a transação financeira, geralmente elas oferecem taxas mais baixas aos usuários, utilizam o câmbio comercial, sem margem de lucro, e o dinheiro cai na conta de destino em menos tempo. Dessa forma, a sua aposentadoria rende mais no exterior.
Qual é a melhor plataforma?
Nós do Euro Dicas consideramos a Remessa Online como a melhor plataforma de envio e recebimento de dinheiro para o exterior, por oferecer várias vantagens e ser a plataforma mais completa para quem pretende receber aposentadoria do Brasil em Portugal. Entretanto, todas as outras que falamos aqui no artigo são confiáveis.
Veja as tabelas adiante com uma comparação entre algumas das principais plataformas de envio de dinheiro para o exterior, feita em outubro de 2020.
Remessa Online
TransferWise
Western Union
Câmbio
Câmbio comercial sem margem de lucro
Câmbio comercial sem margem de lucro
Tem margem de lucro sobre o câmbio comercial
Transparência
Empresa brasileira, instruções e atendimento ao cliente em português, por e-mail, telefone e chat. O atendimento pode ser feito por WhatsApp, Skype, Facebook e Twitter.
Site em português, com informações detalhadas sobre o envio do dinheiro para o exterior. O atendimento ao cliente feito por e-mail, por chat por ou telefone.
Não há informações detalhadas no site sobre o envio da remessa, como fazer e atendimento ao cliente. Além disso, na maioria das vezes, o suporte é em inglês
Facilidade de uso
Site com passo a passo detalhado. Oferece apenas a possibilidade de transferir dinheiro via TED
Site com tutorial detalhado. Há a possibilidade de envio de dinheiro via transferência bancária (TED) e por boleto bancário
Maior rede de lojas autorizadas. Oferece várias modalidades de pagamento: dinheiro, cartões, conta corrente e Wallet
Avaliação no Reclame Aqui
Ótima, nota 8,1/10
Boa, nota 7,4/10
Boa, nota 7,6/10
Confira, agora, uma simulação que fizemos em outubro de 2020 para o envio de R$ 9 mil do Brasil para Portugal e mais algumas informações sobre essas plataformas.
Remessa Online
TransferWise
Western Union
Taxas pagas
R$ 213,23
R$ 232,29
As taxas não são informadas com transparência. A taxa de transferência é R$ 9,90 para o envio.
A empresa lucra com a taxa de transferência e ainda com o câmbio de moedas
Quanto o beneficiário recebe
1.320,03€
1.319,16€
1.306,44€
Tempo de entrega do dinheiro
Até 1 dia útil após a confirmação do pagamento
Até 2 dias úteis
Imediato ou 3 dias úteis, dependendo da forma de entrega do dinheiro, retirada em uma agência ou receber por meio da conta bancária
Limites de envio de dinheiro
Até R$ 37.500 mil por dia, desde que não ultrapasse a quantia anual de R$ 75 mil com o cadastro simples.
Em 2016, o então presidente Michel Temer sancionou a lei 13.315, que entrou em vigor em 2017. Ela define que todo brasileiro aposentado que resida fora do Brasil deve ter desconto de 25% sobre o benefício de sua aposentadoria, independentemente do valor recebido.
Com base nas opiniões de especialistas em Previdência, esta lei é inconstitucional e fere o princípio da igualdade. Mas até o momento, quem estiver nesta condição e estiver insatisfeito deve procurar a justiça. A prova de vida no exterior é outra obrigação que o aposentado tem, para evitar multas.
Como receber aposentadoria do Brasil em Portugal: outros custos associados
Além dos 25% do valor de sua aposentadoria que são descontados pela Receita Federal e o Governo Federal, o aposentado brasileiro ainda tem outras despesas para receber seu dinheiro em Portugal. Confira as despesas associadas para realizar uma transferência internacional pela Remessa Online.
Câmbio comercial, sem margem de lucro;
Custo de envio: 1,3% do valor enviado;
IOF (1,1% para conta de mesma titularidade ou 0,38% para conta de outro titular);
Tarifa bancária: R$ 5,90 para valores menores que R$ 2.500 e gratuita para valores maiores que R$ 2.500.
Exemplo prático
Dessa forma, se, por exemplo, um aposentado recebe R$ 15 mil de pensão no Brasil e é descontado em 25% na fonte para enviar dinheiro para Portugal, o valor de sua aposentadoria fica R$ 11.250. Ao transferir seu dinheiro em outubro de 2020 para sua conta em Portugal com a Remessa Online, ele vai receber no país luso 1.676,43 €.
É suficiente para viver em Portugal?
A resposta inicial é: depende de seu estilo de vida, de onde for morar e do número de pessoas do seu agregado familiar. Caso pretenda morar no centro de Porto ou de Lisboa e tiver um dependente, por exemplo, esse valor pode não ser suficiente. Mas se for para um aposentado sozinho, esse valor é suficiente para morar em qualquer cidade de Portugal em um estilo de vida sem luxos.
Morando no Porto
Quando você se programa para morar em outro país, deve pesquisar bastante sobre a cidade e o custo médio para morar naquela região. Fizemos os cálculos para um casal sem filhos morar no Porto com o básico, pagando despesas como aluguel em um apartamento de um quarto fora do centro, contas da casa, mercado e transporte, e o valor mínimo a ter é 1.200€.
No entanto, esses gastos são os básicos, mesmo, não incluindo despesas, como: medicamentos, roupas ou imprevistos. Sendo assim, geralmente indicamos o valor de pelo menos 1.800€ mensais para um casal viver de forma tranquila no centro de Porto.
Morando em Lisboa
Já para morar em Lisboa, o custo de vida é ainda mais elevado. Para um casal sem filhos morar de aluguel em um apartamento de um quarto fora do centro da cidade, pagar as contas da casa, o transporte e o mercado e ter uma vida modesta, são necessários, no mínimo, 1.400€. Neste valor, também não estão inclusos gastos com medicamentos, vestuário, educação, viagens e supérfluos. Atualmente, para um casal viver mais tranquilo no centro de Lisboa, precisa ter em torno de 2 mil € ou mais.
Porém, como dissemos, tudo depende de onde pretenda morar e de seu estilo de vida. É possível se adaptar e viver com menos que isso, ou viver com bem mais. No entanto, sempre alertamos que nunca é bom contar com o mínimo – é sempre recomendável ter uma reserva para eventualidades.
Passo a passo de como receber aposentadoria do Brasil em Portugal pela Remessa Online
Faça uma conta na Remessa Online. Para isso, clique em “Acessar/Cadastrar” e preencha os seus dados: nome completo, CPF, e-mail e senha;
Confirme e complete os dados da sua conta;
Envie sua aposentadoria: na página principal da plataforma, selecione “Fazer Remessa”. Em seguida, clique em “Enviar dinheiro” e informe a natureza da remessa, isto é, o motivo pelo qual você está enviando o dinheiro para outro país;
Informe os dados para efetuar a transferência e o valor da remessa;
Efetue o pagamento da remessa e aguarde o valor cair na conta de destino.
A Remessa Online é confiável?
Sim, a Remessa Online é confiável! E a segurança e a credibilidade da Remessa Online são alguns dos motivos pelos quais nós, do Euro Dicas, indicamos a plataforma para você receber aposentadoria do Brasil em Portugal e realizar remessas internacionais.
Em outubro de 2020, a Remessa Online apresenta ótima reputação no site Reclame Aqui (8,1/10). A avaliação da plataforma no Facebook também é positiva (4,1/5,0), de acordo com os usuários da rede social que avaliam e comentam sobre a Remessa Online.
Além disso, a instituição é credenciada pelo Banco Central do Brasil (BACEN) a operar no mercado de câmbio. Para conferir sua credibilidade, você pode acessar o site do BACEN e buscar o nome “Bee Serviços de Assessoria Financeira Tecnologia LTDA, CNPJ:20338931/0001-01”, razão social usada pela Remessa Online.
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O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que é uma das principais formas de entrar em uma universidade brasileira, também é uma maneira de selecionar estudantes brasileiros em diversas instituições portuguesas, que possuem uma parceria para ingresso em cursos de graduação no país. E neste artigo, vamos explicar para você como usar a nota do ENEM para estudar em Portugal.
Aqui, vamos contar como se candidatar para estudar em Portugal, quais são as universidades portuguesas que aceitam o ENEM, quem pode estudar em Portugal usando a nota do ENEM, quando se candidatar e como concorrer a uma bolsa de estudos para estudar em Portugal.
Vamos lá?!
Como usar a nota do ENEM para estudar em Portugal?
Estudar em Portugal usando a nota do ENEM é o desejo de muitos brasileiros. Primeiramente, é importante saber que o ENEM é um exame criado para avaliar o desempenho de estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e privadas que pretendem cursar uma graduação, inclusive em Portugal.
Aceitação da nota do ENEM em Portugal
Como adiantamos na introdução, diversas instituições portuguesas aceitam o ENEM como forma de ingresso na graduação.
O ENEM Portugal foi criado em 2014, quando algumas instituições portuguesas já aceitavam os resultados individuais do exame em suas seleções. Para tornar mais simples o acesso dessas instituições em relação ao desempenho dos candidatos ao ensino superior português, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) começou a fazer os acordos interinstitucionais de cooperação, o que vem aumentando as possibilidades de intercâmbio educacional.
Após escolher a universidade, o curso que pretende fazer e de ter conferido se você possui nota suficiente para estudar em Portugal por meio do ENEM, você deve fazer a sua candidatura.
Documentos necessários
É válido destacar que, assim como a nota de corte, cada universidade pode exigir uma documentação para quem usa a nota do ENEM para estudar em Portugal. No entanto, normalmente os documentos exigidos são:
Declaração de que cumpre todos os pré-requisitos;
Cópia do documento de identidade ou passaporte;
Cópia do CPF;
Foto 3×4;
Certificado de equivalência ao ensino secundário português;
Diploma apostilado, com base nas regras da Apostila de Haia, do ensino médio;
Histórico completo apostilado do ensino médio;
Declaração pessoal com as notas do ENEM (e uma imagem da tela onde aparecem as classificações).
Universidades de Portugal que aceitam o ENEM
Conheça todas as instituições de educação superior portuguesas que aceitam notas do ENEM em 2020, de acordo com o Inep:
Estudar em Portugal usando o ENEM garante acesso facilitado aos estudantes brasileiros que pretendem cursar graduação em Portugal.
Quem pode estudar em Portugal usando a nota do ENEM?
Estudantes brasileiros que tenham feito o ENEM podem se concorrer a uma vaga em uma universidade de Portugal que aceite o exame como pré-requisito de ingresso. Há, no entanto, algumas exigências impostas por algumas instituições de ensino antes mesmo de sua candidatura, que, geralmente, são:
Não possuir nacionalidade europeia: apresentar declaração de honra comprovando;
Não ser descendente direto ou cônjuge de alguém que possua nacionalidade europeia;
Não morar legalmente em Portugal há mais de dois anos;
Possuir uma qualificação equivalente ao ensino secundário português;
Possuir certificado de conclusão do ensino médio: no geral, as instituições dão três prazos para inscrições, ou seja, candidaturas, que são aceitas exclusivamente pela internet, nos portais das universidades.
Quem tem cidadania europeia também pode usar a nota do ENEM?
Não. Como adiantamos, os candidatos no ENEM não podem ser nacionais de um estado-membro da União Europeia ou morar legalmente há mais de dois anos em Portugal, de forma ininterrupta para entrar em uma universidade portuguesa por meio do ENEM.
Quanto preciso tirar no ENEM para estudar em Portugal
É importante dizer que a Escala de Classificação a escala de classificação (notas) é diferente no Brasil e em Portugal. Em Portugal, a escala de classificação é de 0 a 200 pontos, na maioria dos casos, e a pontuação do ENEM apresenta escala entre 0 e 1.000 pontos.
A nota para você estudar em Portugal com o ENEM vai variar de acordo com a universidade e o curso escolhido, ou seja, cada uma define as regras e os pesos para a utilização das notas.
Universidade de Coimbra
Na Universidade de Coimbra, por exemplo, a nota mínima para se candidatar para os cursos de graduação é 120 valores na escala portuguesa de 0 a 200. Ela equivale a 600 na escala do ENEM, com exceção para os mestrados integrados em Ciências Farmacêuticas, Medicina Dentária (140 valores/ 700 na escala ENEM) e Engenharia Química (130 valores/ 650 na escala ENEM).
Universidade de Lisboa
No caso dos estudantes brasileiros quando o assunto é ENEM na Universidade de Lisboa, é levada em consideração a classificação obtida no exame em uma das seguintes áreas do conhecimento: área das Ciências Humanas e suas tecnologias ou área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, assim como na Redação. É obrigatório possuir ao menos 500 pontos na área do conhecimento mais importante para o curso de licenciatura (graduação) a que se candidata e, no mínimo, 550 pontos da redação, como, por exemplo, na licenciatura em Educação.
Blog do ENEM pode ajudar
No Blog do ENEM você encontra mais exemplos de notas de corte em diferentes universidades que aceitam o exame como forma de ingresso.
Para saber quanto é preciso obter para estar apto a ingressar em uma universidade portuguesa e cursar a área escolhida, você deve acessar o site da universidade e ler o edital de abertura. É importante dizer que há instituições que convertem a nota ou atribuem pesos diferenciados de acordo com a área.
Como fazer medicina em Portugal com a nota do Enem?
Não é possívelestudar medicina em Portugal ingressando por meio do ENEM. É necessário que você se equipare a um português para concorrer a uma vaga na área de medicina em uma instituição portuguesa, pois estudantes internacionais não são aceitos, segundo a definição legal.
Dessa forma, é preciso possuir nacionalidade portuguesa ou de outro país da União Europeia, ou ser familiar de alguém que a tenha OU morar legalmente e de forma ininterrupta em Portugal há mais de dois anos OU morar legalmente no país há mais de seis meses e solicitar o Estatuto de Igualdade de Direitos e Deveres.
Assim, é possível fazer o Exame Nacional, um concurso parecido com o ENEM, no qual o estudante brasileiro vai concorrer a uma vaga em uma universidade portuguesa igual aos portugueses concorrem.
Cursos que posso utilizar o ENEM para estudar em Portugal
Nem todos os custos aceitam a nota do ENEM para estudar em Portugal. Os cursos variam de acordo com cada universidade, mas os mais comuns que aceitam o exame são:
Para se candidatar a uma universidade portuguesa, é preciso ter prestado o ENEM no Brasil no ano da sua candidatura ou até dois anos antes. A candidatura deve ser realizada diretamente no site das universidades e geralmente pode ser feita em três fases:
1ª fase: janeiro e fevereiro;
2ª fase: março e abril;
3ª fase: maio, junho e julho.
Devemos salientar que o ano letivo em Portugal é diferente do Brasil e que no país luso as aulas têm início em setembro.
Quanto custa estudar em Portugal usando o ENEM?
O ensino público e privado nas universidade portuguesas é pago. Mas o custo vai variar de acordo com a instituição de ensino e o curso escolhidos. Normalmente, as graduações em universidades portuguesas custam entre 3 mil e 8 mil euros por ano.
Veja alguns exemplos adiante.
Para um estudante internacional estudar graduação em Ciências da Comunicação, Línguas aplicadas, Relações Internacionais e Sociologia na Universidade do Porto, deve desembolsar 3.500 euros. Se você quiser cursar arquitetura na Universidade de Lisboa, deve pagar 7 mil euros, mesmo valor a ser pago, caso queira cursar Direito na Universidade de Coimbra.
Todos os valores de cada curso devem ser consultados nos sites das universidades e sofrem reajustes.
Como conseguir uma bolsa de estudos para estudar em Portugal?
Muitos estudantes têm o sonho de estudar fora, mas não têm condições de arcar com as despesas. Por isso, há várias maneiras de conquistar uma bolsa de estudo. Ela normalmente é concedida por mérito ou por necessidade.
As universidades em Portugal são muito boas, e muitas estão na lista de melhores universidades da Europa, como a Universidade do Porto, de Lisboa e de Coimbra, por exemplo. Além disso, poder estudar em outro país é uma oportunidade de crescimento incrível, que para foi essencial para o meu desenvolvimento acadêmico e pessoal.
O benefício vai além do estudo
Fazer amizade com pessoas de vários países, desenvolver o conhecimento de outras línguas, a capacidade de investigação, publicar artigos, participar em congressos… tudo isso faz parte do ambiente acadêmico em Portugal.
Por isso, na minha opinião, se você tiver a oportunidade de estudar em Portugal usando ENEM, não perca tempo. Se aventure! Você não vai se arrepender. Portugal vai te surpreender!
Não esqueça de conferir as dicas imperdíveis e o conteúdo exclusivo do ebook Como Estudar em Portugal. Com ele, você tira suas dúvidas, vê como se candidatar, escolhe a cidade certa e planeja sua mudança para o país como estudante sem maiores preocupações.
Abrir conta na Inglaterra é uma das primeiras atividades que você precisa fazer ao decidir morar no país. Com sua conta, será possível receber salário, fazer pagamentos e até transferências internacionais. E claro, a Inglaterra conta com uma série de bancos tradicionais e digitais, com contas para diferentes tipos de clientes.
Para tirar as suas principais dúvidas, acompanhe nosso artigo e veja quais são os melhores bancos da Inglaterra, documentos solicitados e os principais custos. Então, vamos lá?
Como abrir uma conta bancária na Inglaterra?
Não precisa se preocupar! Abrir conta na Inglaterra é um processo simples, mas que deve ser bem planejado. Por isso, confira um passo a passo simples de como escolher o melhor banco inglês para ser correntista.
Escolha a instituição
Na Inglaterra estão sediados os maiores bancos do mundo. Essa é uma das razões porque ser correntista no país é tão seguro. Existem opções de bancos tradicionais como o Barclays até os digitais como o Revolut. Para tomar uma boa decisão, analise o perfil da instituição, serviços prestados, benefícios e tarifas cobradas. Opte por aquele que oferecer mais vantagens de acordo com o seu perfil e objetivos no país.
Escolha o tipo de conta
Os bancos ingleses oferecem contas bancárias para diferentes tipos de clientes, desde universitárias até empresariais. Cada uma delas oferece um pacote de serviços diferenciados que você deve analisar com atenção. Além disso, fique atento quanto as tarifas cobradas. Portanto, nada diferente do que seria ao abrir uma conta bancária em qualquer outro país, não?
Reúna os documentos
Reunir a documentação para abrir conta na Inglaterra é um dos passos mais importantes. Portanto, leia com atenção os documentos solicitados para a abertura da conta e providencie o quanto antes. Isso, claro, se você optar por abrir uma conta em um dos bancos tradicionais como o HSBC, por exemplo. Apesar de exigirem pouca burocracia, ainda é necessário se deslocar até uma agência com os documentos para dar início ao processo.
A boa notícia é que bancos digitais, por outro lado, não costumam exigir muitos comprovantes. E, por não terem agências físicas, o processo pode ser feito todo pela Internet.
Abra a conta
Por fim, basta abrir a sua conta bancária. Hoje em dia, você tem a opção de fazer esse processo online através dos bancos digitais. Mas se desejar, pode ir até uma agência bancária com os documentos em mãos e a quantia para depósito inicial, se for necessário.
Melhores bancos abrir conta na Inglaterra
Confira abaixo uma seleção dos melhores bancos para abrir conta na Inglaterra, entre tradicionais e digitais.
Bancos digitais
Os bancos digitais são uma tendência no mundo e também na Inglaterra. Certamente as vantagens oferecidas por essas fintechs, desde a abertura da conta online até as taxas mais econômicas, são algumas das razões para que os bancos digitais conquistem tantos clientes.
Revolut: o Revolut é um dos melhores bancos digitais da Inglaterra, com atuação também em vários países da Europa. Pelo aplicativo, os clientes podem abrir contas e gerenciar todos os seus gastos cotidianos, de forma prática e fácil;
Monese: o Monese é outro excelente banco digital presente em toda a Europa, inclusive na Inglaterra. Com uma conta online, os correntistas têm a praticidade de enviar e fazer pagamentos de vários países. Ademais, o banco também disponibiliza cartão pré-pago, válido em vários estabelecimentos comerciais;
Starling Bank: o Starling oferece contas para pessoa física, crianças e até empresariais. Em 2020, foi eleito como o melhor banco britânico e melhor conta-corrente;
Monzo: com mais de 4 milhões de clientes, o Monzo é um dos bancos digitais mais populares do Reino Unido. Com a conta online os correntistas podem fazer pagamentos, poupar dinheiro e enviar transferências com agilidade.
Bancos tradicionais na Inglaterra
Os bancos tradicionais são outra opção para abrir conta na Inglaterra, principalmente se você estiver no país. Confira logo abaixo quais são os melhores bancos disponíveis.
Lloyds: considerado um dos maiores e melhores bancos ingleses, ser correntista do Lloyds oferece uma série de vantagens como o serviço de cashback com parceiros na Inglaterra. A manutenção da conta básica também é gratuita;
Barclays: o Barclays é um dos bancos preferidos dos ingleses. Oferece um pacote de serviços financeiros amplo e diversas agências em todo o Reino Unido. Além disso, também se destaca por ser um dos bancos mais antigos do país, sendo de alta confiança;
HSBC: o HSBC é um banco internacional e com forte presença na Inglaterra. Possui opções de contas para diversos clientes, além de outros serviços. Ainda, por ter agências em todo o mundo, é uma boa opção para quem viaja com frequência;
NatWest: abrir conta na Inglaterra no NatWest é confiável porque o banco é um dos mais antigos do país. Apesar da sua história, atualmente ele oferece um aplicativo intuitivo e prático para os clientes realizarem os principais serviços financeiros.
Qual o maior banco do Reino Unido?
O HSBC Holdings Plc. lidera o ranking dos maiores bancos do Reino Unido em número de ativos. Até junho de 2020, o HSBC tinha acumulado o valor de US$2,9 trilhões em ativos totais. Além disso, tem mais de 40 milhões de clientes em todo o mundo e possui mais de 3.500 escritórios em vários países.
O Barclays ocupa a segunda posição do ranking. Em 2019, o banco teve uma receita de US$ 28 bilhões e lucro líquido de US$4,4 bilhões. Atualmente, o Barclays está sediado em Londres, mas possui agências em todo o Reino Unido.
Por fim, o Lloyds Banking Group é o terceiro maior banco do Reino Unido em termos de ativos totais. Possui mais de sete subsidiárias e está listado na Bolsa de Valores de Nova York e Londres.
Como abrir conta na Inglaterra estando no Brasil? É possível?
Sim, é possível abrir conta na Inglaterra estando no Brasil pelos bancos digitais. Contudo, os brasileiros precisam ter em mãos toda a documentação solicitada e um comprovante de residência na Inglaterra.
Os bancos tradicionais também permitem que a abertura da conta seja iniciada pela internet. Mas depois, cerca de 15 dias, o cliente deve ir até uma agência bancária para finalizar o processo e assinar o contrato. Portanto, é uma boa opção para quem já mora na Inglaterra.
Documentos essenciais para abrir conta na Inglaterra
Os principais documentos para abrir conta na Inglaterra são:
Comprovante de residência na Inglaterra no seu nome como conta de água, luz ou contrato de aluguel;
Número de telefone e e-mail válidos.
Mas é importante lembrar que, para a abertura de contas digitais, é preciso apenas enviar as fotos desses documentos. A depender do banco e da conta-corrente escolhida, também pode ser exigido um depósito inicial para ativar a conta. Portanto, fique a atento a documentação solicitada e, se possível, ligue para o banco com antecedência.
Custos para abrir conta na Inglaterra
Hoje em dia é possível abrir conta na Inglaterra gratuita pelos bancos digitais. Eles também oferecem contas correntes básicas sem taxas de manutenção, e isso, sem dúvida, garante uma boa economia. Mas é claro, é importante conferir o preço de taxas específicas, assim como saques e transferências internacionais.
Contudo, alguns bancos tradicionais, como o NatWest, por exemplo, oferecem contas com taxas de manutenção que variam entre £1 e £50 por mês. As contas premium dos bancos são uma boa opção para quem deseja ter um serviço bancário completo e precisa fazer várias transações ao mês.
Todo estrangeiro pode abrir conta na Inglaterra?
Sim, mas para isso é preciso ser um residente legal no país e ter um comprovante de residência na Inglaterra. Essas são as condições mínimas para abrir conta na Inglaterra. Portanto, se a sua documentação não está em dia, providencie quanto antes.
Contas para estudantes universitários
Os maiores bancos da Inglaterra oferecem contas universitárias aos clientes. Em geral, elas possuem tarifas mais econômicas se comparada com as outras contas e benefícios como cashback e assinaturas em serviços. Veja a seguir algumas indicações de contas.
NatWest – Student e International Student
O NatWest tem duas contas específicas para universitários. A Student é indicada para estudantes maiores de 17 anos e que morem no Reino Unido. É gratuita e não tem taxas de manutenção. Mas para abrir conta na Inglaterra, é preciso ser estudante de graduação em tempo integral ou estar concluindo uma pós.
A conta International Student é exclusiva para estudantes internacionais e pode ser aberta no site ou aplicativo do banco. Pelo internet banking é possível fazer transferências, pagamentos e saques com facilidade. Além disso, é cobrada uma taxa de manutenção de £10 por mês.
Contudo, para abrir a conta internacional, os estudantes precisam cumprir os seguintes requisitos:
Ser maior de 17 anos;
Morar no Reino Unido por no mínimo três anos;
Estudar em um curso de tempo integral no Reino Unido por no mínimo dois anos ou estar concluindo uma pós;
Apresentar o passaporte, visto de estudante, permissão biométrica de residência e a UCAS da universidade.
Barclays – Student Account
Ao abrir conta na Inglaterra no banco Barclays, o estudante tem acesso a vários benefícios. Um deles é a assinatura anual gratuita na conta da Perlego, para ter acesso a mais de 400 mil artigos acadêmicos.
Porém, essa conta está disponível apenas para correntistas maiores de 18 anos. Além disso, o interessado deve estudar em tempo integral em uma faculdade britânica, com duração de dois anos para graduação e 1 ano para pós.
Lloyds – Student Current Account
O banco Lloyds também oferece conta para universitários é a Student Current Account. Com ela, os estudantes têm acesso aos serviços bancários com tarifas menores e cashback de 15% em várias lojas parceiras do banco.
Assim como os demais bancos, para abrir conta na Inglaterra no Lloyds é preciso ter mais de 17 anos e fazer um curso de graduação com mais de dois anos de duração. Além disso, outro pré-requisito é morar na Inglaterra por no mínimo três anos.
Cuidados a se ter para abrir conta na Inglaterra
A documentação é o principal cuidado que você deve ter ao abrir conta na Inglaterra porque os bancos tradicionais são bem exigentes nesse aspecto. Há casos, inclusive, em que eles solicitam documentos como o NINo (National Insurance Number) – seria a versão britânica da Seguridade Social – e até comprovante de imposto de renda.
Embora seja simples providenciar essa documentação se você mora na Inglaterra há algum tempo, pode ser difícil para quem acabou de chegar no país. Então, para driblar isso, o ideal é inicialmente abrir uma conta-corrente em um banco digital e alguns meses depois tentar ser correntista em um banco tradicional.
Outra diferença é que no Brasil temos a liberdade de ir a qualquer momento a uma agência bancária para abrir a conta. Já nos bancos ingleses, é preciso agendar o dia e horário para fazer isso. Embora seja possível iniciar a abertura da conta pela internet, em alguns dias o funcionário do banco irá ligar para agendar o horário. Portanto, prepare-se para enfrentar essa burocracia.
O número de brasileiros na Espanha não para de crescer e vários motivos fazem o país ser um dos destinos favoritos dos imigrantes na Europa. É certo que muita gente pensa em fazer o mesmo e não sabe bem por onde começar.
Se você tem o sonho de seguir esse caminho, é importante conhecer a história da imigração brasileira na Espanha e ouvir a opinião de quem já emigrou. Neste artigo, brasileiros que cruzaram o atlântico para estudar, trabalhar ou viver como aposentados falam de suas experiências no país ibérico.
Brasileiros na Espanha: quantos são e onde vivem?
Morar na Espanha é o sonho de muitos brasileiros. E nós já somos o quinto país da América do Sul com o maior número de residentes registrados oficialmente em território espanhol. São 98.480 mil brasileiros na Espanha, de acordo com os dados do INE. Em janeiro de 2019, eram 90.304, uma subida de 9,1% em um ano.
País de origem
Número total de imigrantes em 2019
Colômbia
272.596
Venezuela
188.735
Equador
130.795
Peru
106.588
Brasil
98.480
Outro dado interessante é que a comunidade brasileira na Espanha é composta por 63,28 % de mulheres (62.317) e 36,72% de homens (36.163). A idade média é de 35 anos e na tabela abaixo você confere os lugares da Espanha com o maior número de imigrantes brasileiros.
Região da Espanha
Número de imigrantes brasileiros em 2019
Catalunha
23.184
Madrid
17.046
Andaluzia
9.928
Galícia
9.367
Comunidade Valenciana
9.352
Por que os brasileiros escolhem a Espanha para morar?
Durante sete anos consecutivos – de 2013 a 2019 – o país bateu recorde no número de turistas internacionais. A chegada de imigrantes brasileiros na Espanha seguiu o mesmo ritmo e aumentou 238% neste período, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Ano
Número de novos imigrantes brasileiros
2019
16.685
2018
15.649
2017
12.731
2016
10.005
2015
7.209
2014
5.613
2013
4.933
Hoje a comunidade de brasileiros na Espanha é formada por 98.480 pessoas. Mas por que esse país atrai tantos imigrantes do Brasil?
Cidades tranquilas
Fugir da violência, buscar segurança e melhorar a qualidade de vida estão entre as principais razões para a mudança dos brasileiros. A Espanha é considerada o 32o país mais pacífico do mundo, de acordo com o Global Peace Index 2019. O relatório analisa 163 países e territórios independentes que incluem 99,7% da população mundial.
Segundo os dados mais recentes do Índice de Progresso Social, a Espanha é um dos países com a menor taxa de homicídios intencionais (número de assassinatos). A média anual é de 0,7 por cada 100 mil habitantes e, portanto, bem menor do que a do Brasil, de 30,50 por cada 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia, a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 3,7 por cada 100 mil habitantes.
O país europeu também tem uma das maiores expectativas de vida, mas apresenta fortes desigualdades de renda, alto nível de pobreza e baixa proporção da população adulta empregada.
Serviços Públicos
A Espanha também chama a atenção dos brasileiros pelos serviços públicos de transporte e saúde. A eficiência de ambos está atrelada à qualidade de vida da população. O sistema público de transporte é rápido e eficiente. É possível explorar as principais cidades do país utilizando apenas metrôs e ônibus.
Já os hospitais são organizados, limpos e muito bem equipados. O sistema público de saúde é o que atende a maioria da população espanhola e o país é um grande exportador de tecnologia na área da saúde.
Universidades renomadas
Em 2019, a Espanha concedeu 3 mil vistos para estudantes brasileiros, segundo o Escritório de Educação da Embaixada da Espanha no Brasil. Um dos atrativos é a qualidade de ensino.
Como as universidades na Espanha são muito bem avaliadas nos rankings internacionais, isso pode significar mais ofertas no mercado de trabalho após a conclusão dos estudos. Outro motivo é praticar ou aprender o idioma já que o espanhol é a segunda língua mais falada do mundo.
Clima agradável
Entre todos os destinos da Europa, a Espanha, junto com Portugal, é um dos países que têm o clima mais parecido com o do Brasil. Esqueça os dias cinzentos e os termômetros muito abaixo de zero! É claro que há diferenças entre as estações e as regiões, mas a Espanha é um país ensolarado, com cerca de 3.000 horas de sol por ano, e a temperatura média anual gira em torno de 15 a 18 graus, excelente para os brasileiros que não estão acostumados com muito frio.
As temperaturas mínimas costumam ocorrer nos meses de janeiro e fevereiro, que coincidem com os meses mais chuvosos, principalmente no norte da Espanha, região mais fria do país. O outono e a primavera têm as temperaturas mais agradáveis, quando as pessoas podem aproveitar para praticar atividades ao ar livre quase todos os dias.
Já o verão é quente e seco em todo o país e as temperaturas máximas são alcançadas durante os meses de julho e agosto, época em que a maioria dos espanhóis sai de férias.
Viajar pela Europa
Uma das maiores vantagens de morar na Europa é que países com culturas completamente diferentes estão a poucas horas de voo. E você não precisa ter muito dinheiro para viajar.
Para se ter uma ideia, se você comprar a passagem área com antecedência vai pagar muito mais barato para ir da Espanha até a Itália do que do Rio de Janeiro para São Paulo.
Entendeu o motivo de ter muitos imigrantes brasileiros na Espanha? São tantos atrativos que fica difícil de resistir.
Estudante brasileira na Espanha
Como dissemos acima, muitos brasileiros escolhem a Espanha para continuar a vida acadêmica, conheça a história de uma estudante brasileira que viveu em Barcelona e nos contou como foi a sua jornada.
Maria Leticia Capelini, de 32 anos, acaba de voltar de Barcelona, onde participou por um ano de um mestrado na EAE Business School.
A escolha do país
Formada em duas faculdades no Brasil, Publicidade e Propaganda e Administração, ela sempre quis internacionalizar sua trajetória e não teve dúvidas ao escolher estudar na Espanha. “Eu queria praticar o espanhol, apesar de falar o idioma fluentemente. Também tinha o sonho de conhecer melhor outra cultura, morar em um lugar com baixa criminalidade, bem diferente da cidade de São Paulo, e com clima agradável, pertinho da praia. Barcelona tem tudo isso”.
Dupla cidadania
A paulistana não precisou de visto de estudante para morar na Espanha. A cidadania italiana facilitou o processo, mas não diminuiu os gastos com o mestrado, embora muitas universidades espanholas tenham tabelas de preços diferenciados para cidadãos europeus.
“A especialização em Marketing e Vendas custou 15.000€ e foi um valor relativamente acessível em comparação com as concorrentes que custam mais de 20.000€. Eu parcelei em 12 vezes”, conta a jovem que ficou surpresa com o alto custo de vida em Barcelona, a segunda maior cidade do país.
Dividindo as contas
Maria Leticia alugou um apartamento no bairro da Sagrada Família, no centro da cidade, mas acabou fazendo como a maioria dos estudantes. “Eu morei sozinha apenas um mês e depois aluguei o outro quarto que eu tinha no apartamento. Nós não temos esse hábito no Brasil, mas na Espanha isso é bastante comum. E, no final das contas, foi bom porque eu economizei e também não me senti tão sozinha”.
Tirando da conta o valor do aluguel, ela gastava, em média, 1.000€ por mês “sem passar aperto nenhum, curtir bastante e frequentar excelentes restaurantes. Barcelona é uma cidade com muitos jovens, bares e uma vida intensa”, afirma.
Rotina de estudante
A rotina era puxada. Ela estudava de segunda à quinta-feira, das 9 às 17 horas, e se dedicava aos trabalhos e projetos do curso após o término das aulas. “Eu realmente não parava, meus dias eram bastante ocupados, mas em alguns finais de semana eu conseguia viajar pela Catalunha ou pela própria Espanha. É tudo muito fácil, rápido, acessível e seguro. Eu viajei de avião, ônibus, trem, carro, usei todos os meios de transporte e não tive problemas”.
O retorno ao Brasil
A ideia da paulistana era viajar para a Espanha para estudar e depois permanecer no país, mas os planos mudaram por conta de questões familiares. Quando chegou no Brasil, o diploma trouxe imediatamente um benefício profissional. Ela recebeu várias ofertas de emprego e acabou voltando para a empresa onde trabalhava anteriormente, mas com uma proposta melhor.
“Eu posso garantir que as vantagens de estudar no exterior são imensas. O profissional é muito valorizado, tanto pelo seu aprendizado, quanto pelo seu esforço. Ter um mestrado fora do Brasil mostra que você é uma pessoa que corre atrás dos seus objetivos”.
Brasileiros na Espanha a trabalho
Se você sonha em trabalhar na Espanha, a história de Fernando vai inspirar você, veja:
O acesso ao mercado de trabalho
Formado em Ciências da Computação, Fernando Roldan, 40, estava navegando em um site de notícias em 2015 quando um anúncio chamou sua atenção. Uma empresa estava contratando brasileiros para trabalhar na Espanha e ele se adequava ao perfil da vaga. Um mês depois de enviar o currículo, o paulistano fez entrevistas e foi aprovado para o cargo de analista de sistemas de uma consultoria de TI, em Barcelona.
“Eu fiz uma pesquisa para conhecer melhor a empresa porque seria uma mudança de vida muito grande. Eu também não tinha referência de como era trabalhar e viver na Espanha, aliás, nunca tinha viajado para a Europa”.
A esposa, até então, não tinha sido avisada. “Eu fiquei surpresa porque ele fez entrevistas, recebeu a proposta e eu não sabia de nada”. A primeira resposta dela foi “não vou de jeito nenhum”, mas depois de muitas conversas, Thalis Beloti, 38, acabou convencida de que essa era a melhor opção para o casal e no fim do ano embarcou com o marido para Barcelona.
Formada em administração de empresas, a paulista de Franca deixou de gerenciar a loja do pai, e depois de dois meses fechou um contrato de trabalho na Espanha com uma multinacional do setor de varejo de materiais de construção, onde trabalha até hoje.
“Quando eu comento com os próprios espanhóis eles dizem que eu tive muita sorte, mas eu consegui esse emprego porque estava disposta a dar muitos passos atrás. Eu entrei como secretária administrativa, em quatro anos fui promovida duas vezes e hoje sou analista de mercado”.
Deslocamento para o trabalho
O casal escolheu o bairro da Sagrada Família, no centro, para morar em Barcelona. Com o carro da família Thalis leva trinta minutos para chegar ao trabalho, perto do aeroporto. Para Fernando, a distância é bem menor: são três quilômetros de pedalada até a Vila Olímpica. “100% do caminho que eu faço é por ciclovia. Eu demoro 15 minutos para chegar ao trabalho, gasto apenas 50€ por ano para usar o serviço de bicicleta destinado aos moradores da cidade e ainda faço uma atividade física”.
A diferença entre o mercado de trabalho
Para Fernando, há muitas diferenças entre o mercado de trabalho na Espanha e no Brasil. “Eu estou há 4 anos na mesma empresa e nunca recebi um companheiro de trabalho na minha casa. Outra coisa que eu percebi é que a prioridade na Catalunha é a vida pessoal. E, por último, eu ganhava mais no Brasil do que eu ganho na Espanha, mas os custos aqui são menores, então, no final das contas compensa morar em Barcelona”.
Vantagens de morar na Espanha
Em março de 2020 a família aumentou. Gabi nasceu poucos dias antes do governo espanhol anunciar o estado de alarme no país por causa do coronavírus. Após meses sem sair de casa, eles aproveitaram as férias de verão para fazer o que mais gostam. “Apesar da pandemia, conseguimos passar o aniversário da Thalis nos Pirineus, depois conhecemos Valência e ainda viajamos pela Costa Dourada”.
Além de viajar pelo país, nos últimos quatro anos eles também estiveram na Itália, França, Portugal, Croácia, Grécia e Áustria. “Acho que é impossível ter no Brasil a qualidade de vida que a gente tem aqui. Poder conhecer novos lugares, passear na rua sem ter medo de ser assaltada e saber que eu vou poder matricular a minha filha em uma escola pública bilíngue e dar para ela uma boa educação são benefícios que me fazem querer permanecer vivendo aqui, apesar das saudades da família”, finaliza Thalis.
Brasileiros aposentados morando na Espanha
Muitos são os brasileiros que resolvem viver a aposentadoria no exterior em busca de qualidade de vida. Veja a história de Walter de Luca.
Mudança para a Espanha
Em 2016, Walter de Luca, 63, se aposentou como professor de jornalismo da Universidade de Sorocaba, em São Paulo. Com o sentimento de missão cumprida, para ele, era a hora de iniciar a nova fase da vida fora do Brasil. Mas a mudança não aconteceu rapidamente, foram anos de planejamento. “Eu já tinha visitado Barcelona muitas vezes, mas entre 2009 e 2010, quando eu passei uma parte do meu doutorado na cidade, decidi que voltaria para a Catalunha. Para mim, morar como aposentado na Espanha significa ter uma melhor qualidade de vida, principalmente uma rotina mais segura”.
A segurança também seduziu a esposa, Liliane de Luca, 59. Para ela, essa é a principal diferença entre viver na Espanha e no Brasil. “A questão da segurança faz toda a diferença na nossa qualidade de vida e bem-estar emocional. Até em Sorocaba, minha terra natal, que é considerada uma cidade segura, eu sempre caminhava pelo centro apreensiva. Em Barcelona, não existe a possibilidade de você sofrer um assalto a mão armada. São pequenos furtos em alguns lugares muito pontuais”.
Tranquilidade à beira-mar
Morar às margens do Mediterrâneo era um antigo desejo dos paulistas e o casal encontrou a vida calma que procurava em Gavà Mar, a 22 quilômetros de Barcelona. “É maravilhoso curtir a aposentadoria na praia e Gavà Mar é ideal para quem busca tranquilidade. Nós adoramos ir à praia, praticar esportes e aqui temos uma ótima ciclovia, além do custo de vida ser mais barato. Estamos perto do centro comercial, com supermercados, cinemas, tudo a poucos minutos de casa”, diz Liliane.
Manter a mente ocupada
A vida pós-aposentadoria de Walter e Liliane é bem diferente daquela que levavam em São Paulo. Pelo menos três vezes por semana eles têm atividades programadas na capital da Catalunha.
“Eu sempre trabalhei bastante e nunca tive muito tempo para fazer as coisas que eu queria. Agora estou estudando catalão e história europeia em um dos centros culturais públicos de Barcelona. São cursos ministrados por professores universitários e a gente não para, faz um atrás do outro, e vamos a muitos museus”, comenta Walter, que garante ser sempre tratado com muita cortesia pelos espanhóis.
Viajar pela Europa
Dos quatro filhos do casal, três vivem na Europa. Volta e meia a família se reúne em Gavà Mar ou em Colônia, na Alemanha, onde moram a filha mais velha e o netinho de um ano de idade. Aliás, o programa favorito do casal é viajar. Em 2019, Walter comprou um carro na Espanha para explorar melhor o país. E conta que eles adoram botar o pé na estrada sem compromissos e sem obrigações: “Assim conhecemos pequenos pueblos e cidades isoladas que são patrimônio da Catalunha e que pouca gente conhece, como Mura e Tavertet e Vic”.
Além de viajar de carro, eles têm o aeroporto a dez minutos de casa e, segundo Liliane, é uma “mão na roda”. “É muito rápido e cômodo. Aqui na Espanha a gente pega um voo e em duas horas está em muitos países europeus. Vamos com frequência ver o nosso neto na Alemanha e já estivemos em mais de dez países, entre eles Inglaterra, Suíça, Holanda e França”.
Impacto do coronavírus
Liliane e Walter afirmam que, quanto mais viajam, mais querem conhecer novos lugares. Mas em 2020, o euro nas alturas forçou o casal a mudar de hábitos. Saíram de cena, por exemplo, os gastos com as viagens internacionais e restaurantes. “Nós temos que fazer viagens mais curtas e baratas, comemos em casa e também procuramos opções de lazer gratuitas”, conta Liliane, que torce pela descoberta de um vacina contra o coronavírus e a recuperação econômica do Brasil.
Os brasileiros na Espanha são felizes?
Desde que eu cheguei na Espanha, em setembro de 2019, conheci muitos brasileiros que moram no país e, conversando com eles, cheguei a conclusão de que a maioria está muito feliz com a escolha do país. A qualidade de vida é sempre citada como o maior motivo de alegria entre as pessoas e ela está relacionada a diversos fatores como segurança nas cidades, serviços eficientes (transporte e educação), lazer, entre outras variáveis. Além disso, os espanhóis são bem abertos em relação à integração dos estrangeiros e isso torna a adaptação mais fácil.
Só que a experiência de morar no exterior também é feita de desvantagens. Em primeiro lugar, por experiência própria, não é fácil recomeçar do zero! Encontrar o apartamento ideal, fazer novos amigos, se adaptar à vida na cidade e tirar todos os documentos pode levar meses.
E quanto bate a saudade da família e dos amigos? Todas essas questões acabam tornando alguns momentos complicados, ainda mais neste momento em que atravessamos uma das maiores crises da nossa história. A decisão de morar no exterior, seja para estudar, trabalhar ou viver como aposentado não é simples, mas de forma geral o balanço costuma ser positivo. Para quem deseja começar uma nova vida no exterior, o planejamento é fundamental.
Brasileiros na Espanha: a imigração brasileira para o país
A Espanha era um país basicamente de emigração, com fluxo maior de espanhóis deixando a pátria do que estrangeiros entrando, por isso, a imigração no país é considerada um fenômeno recente. Até meados de 1990, a comunidade brasileira na Espanha era praticamente imperceptível nas estatísticas espanholas, mas na década seguinte o fluxo começou a mudar.
Economia e imigração
Em boa parte da história, a situação da economia explica a chegada ou a saída dos imigrantes. A partir dos anos 2000, por exemplo, a oferta de emprego em setores que não interessavam os espanhóis como a construção civil, hotelaria e serviço doméstico tornou a Espanha extremamente atraente para os estrangeiros.
As maiores comunidades no país eram formadas sobretudo por pessoas dos países latino-americanos e também do Leste Europeu. Segundo a pesquisa “O imigrante brasileiro na Espanha: perfil e situação de vida em Madrid”, neste período, 55% das mulheres brasileiras estavam empregadas no serviço doméstico como diaristas ou cuidadoras. Entre os homens, 49% trabalhavam no setor da construção civil e 33% no setor de serviços.
Espanha mais flexível
Outro elemento importante que favoreceu a imigração nesta década foi uma política mais flexível na Espanha do que em outros países europeus. Em 2004, o governo de Jorge Zapatero regularizou a situação de 600 mil imigrantes ilegais, além disso, foi criada a lei do Arraigo Social que permitia aos imigrantes em situação regular trazer suas famílias para o país.
Neste ano, houve um considerável aumento da imigração brasileira para a Espanha (44,51%) e em 2005, o Brasil ocupava o sétimo lugar entre os imigrantes de países latino-americanos que viviam no país, ficando atrás do Equador, Colômbia, Argentina, Bolívia, Peru e República Dominicana. No total havia 54.115 brasileiros morando legalmente na Espanha e eles representavam 1,45% do total de estrangeiros no país.
País de origem
Número de imigrantes em 2005
Participação total de estrangeiros (%)
Equador
497.799
13,34
Colômbia
271.239
7,27
Argentina
152.975
4,10
Bolívia
97.947
2,63
Peru
85.029
2,28
República Domenicana
57.134
1,53
Brasil
54.115
1,45
Crise econômica de 2008
Entretanto, poucos anos depois outro movimento ganhou força na Espanha: o declínio da população estrangeira. Os imigrantes foram o grupo mais castigado pela crise econômica. Os efeitos começaram a se manifestar a partir do primeiro trimestre de 2008.
De acordo com a Encuesta de Población Activa (EPA), neste momento, a taxa de desemprego dos cidadãos espanhóis era de 9,3%, dos estrangeiros da União Europeia de 15,3% e dos estrangeiros que não pertenciam à União Europeia correspondia a 17%.
Entre os brasileiros na Espanha, havia mais de 5 mil desempregados, em 2008, e no ano seguinte, em 2009, mais de 6 mil desocupados, segundo o Servicio Público de Empleo Estatal. No entanto, o retorno ao país de origem não ocorreu de maneira imediata. Até 2012 houve uma gradativa diminuição do número de cidadãos brasileiros na Espanha após esgotadas as tentativas de resistência e os recursos financeiros acumulados com o trabalho. Por outro lado, a estabilidade econômica e o aumento da renda ajudaram a tornar o Brasil mais atraente para quem foi tentar a sorte no exterior.
Novas perspectivas
A imigração brasileira para a Espanha voltou a aumentar a partir de 2016, quando ultrapassou a barreira dos 10 mil, segundo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Na Europa, a Itália foi o país que mais recebeu cidadãos brasileiros (15.700), seguida pela Espanha (12.500) e logo depois Portugal (11.600). Em Janeiro de 2020, a comunidade brasileira na Espanha já contava com mais de 98 mil pessoas, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.
2020 e o novo coronavírus
Porém, em 2020, a crise econômica provocada pelo coronavírus globalizou o desemprego e as perdas financeiras, além disso, a desvalorização do real em relação ao euro atingiu principalmente os estudantes e aposentados que contam com o dinheiro vindo do Brasil. Os novos números ainda não foram divulgados, mas é certo que a crise econômica, mais uma vez, interrompeu o sonho de muitas pessoas.
Seguro viagem para Espanha é obrigatório
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