segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Pós graduação na Itália: como fazer, prazos, documentação e custos

Pensando em fazer uma pós-graduação na Itália? Esse artigo é feito para você! Aqui, explicamos brevemente o funcionamento do sistema universitário italiano, quais são os tipos de pós e como se estruturam os cursos na Itália, a duração, os custos e, claro, se valem a pena. Siete pronti?

Como se candidatar a um curso de pós-graduação na Itália?

Se candidatar para um curso de pós-graduação na Itália vai muito além da preparação teórica para a prova de admissão, que em muitos casos, não existe. Na verdade, a candidatura tem mais a ver com a área da sua graduação. E claro, com a burocracia!

O sistema universitário italiano

Assim como algumas universidades brasileiras, as universidades europeias têm o sistema de créditos. Isso significa que para cada matéria, é calculado um número de horas-aula e estudo individual dedicado àquele curso. Logo, para conseguir se formar, você precisa ter completado os créditos exigidos pelo plano de estudos de cada curso. Fácil, não?

De regra, 1 CFU (credito formativo universitario) equivale a 25 horas-aula/estudo. As matérias, seja nos cursos de graduação como nos cursos de pós-graduação na Itália, partem de um mínimo 6 CFU (150 horas-aula/estudo) e vão até um máximo de 12 CFU (300 horas-aula/estudo).

Para você se formar na graduação na Itália, é necessário ter completado 180 CFU. Nos cursos de pós-graduação, como a Laurea magistrale, são exigidos 120 CFU.

Pós-graduação na Itália aula

Graças ao Processo de Bolonha, instituído em 2001, e mais tarde, com a Declaração Budapeste-Viena de 2010, os sistemas universitários europeus equivalem-se entre si, através do Sistema Europeu de Transferência e Acumulação de Créditos (ECTS).

Isso significa que a correspondência dos títulos universitários, nos países da União Europeia, não é feita pelo nome ou do número de anos de um curso, mas sim através do número de créditos de cada disciplina e do número total de créditos que o aluno conseguiu completar durante os anos de graduação ou pós. Esse sistema também facilita o reconhecimento dos créditos por parte de quem fez intercâmbio!

O processo seletivo

Em relação à admissão, os cursos de pós-graduação na Itália são divididos em Accesso libero (sem prova de admissão) e Accesso programmato (com prova de admissão). Se o curso de pós-graduação pelo qual você está interessado for um curso Accesso libero, o processo de inscrição é mais rápido: basta se matricular.

Por outro lado, se o curso desejado for de Accesso programmato, você precisará ver se é organizado ao nível nacional ou local. Em relação aos preços, em linhas gerais, as provas de admissão custam em torno de 40€, variando, de universidade a universidade.

Uma curiosidade: não existe festa de gala de formatura e normalmente os alunos, ao se formarem, usam uma coroa de louros. Nada de túnica e capelo!

Documentos para fazer pós-graduação na Itália

Como antecipado acima, a matrícula num curso de pós-graduação na Itália é um pouco burocrática. Por esse motivo, tenha em mente que o ideal é começar a se organizar para a inscrição pelo menos 1 ano antes da sua vinda para a Itália.

Pós-graduação na Itália burocracia

Digo isso porque você vai precisar entregar vários documentos. São eles:

  • Diploma da Graduação;
  • Histórico escolar da Graduação com notas e número de créditos de cada disciplina cursada;
  • Diploma do Ensino médio;
  • Histórico escolar do Ensino médio.

Enfrentando a burocracia

Esses documentos deverão ter as assinaturas das respectivas Autoridades autenticadas em Cartório, para depois serem apostiladas, também nos Cartórios.

Em seguida, deverão ser traduzidos para o Italiano, através de tradução juramentada, por um tradutor juramentado, que deverá reconhecer a própria firma nas traduções. Por fim, você deverá apostilar também as traduções. Tudo isso porque para se inscrever num curso de pós-graduação na Itália, você precisa validar o diploma na Itália.

Essa documentação deverá ser acompanhada pela Dichiarazione di Valore in loco, expedida pelo Consulado ou Embaixada italiana responsável por sua jurisdição residencial, que declara a autenticidade dos documentos. Nada mais é do que um documento consular que “explica” às entidades públicas italianas os documentos que você mandou traduzir. Você deverá ter um documento – como um e-mail – explicando a sua intenção de se matricular em um curso de pós-graduação na Itália. Caso contrário, você deverá pagar pela declaração.

O Consulado italiano exige também a Declaração de Autenticidade de Diploma e a Declaração de Autenticidade do Histórico Escolar. Você deverá entregar também o resumo de todas as disciplinas cursadas na graduação no Brasil. A boa notícia é que, neste caso, não é necessária a tradução juramentada!

Documentos para cidadão brasileiro

Se você não for nem cidadão italiano e nem europeu, você deverá obrigatoriamente se pré-inscrever no portal Universitaly. O período de inscrição vai de maio a julho, lembrando que o ano acadêmico na Itália – e na Europa em geral – começa em setembro. O mesmo vale para a pós-graduação na Itália.

documentos aluno brasileiro

Para poder se pré-inscrever, você deverá apresentar os documentos listados acima, acompanhados de:

  • Passaporte brasileiro válido;
  • Diploma de língua italiana nível B2;
  • Demonstração de renda (mínimo 448,52€ por mês).

Essa pré-inscrição é um passo importante, pois será uma etapa imprescindível para a solicitação do visto de estudante.

Chegando na Itália, você deverá apresentar todos os documentos na Universidade escolhida – tradução e originais -, além do passaporte com o visto para a Itália e o permesso di soggiorno per motivi di studi (que normalmente chega via correios no prazo de um mês) e do recibo do pagamento da taxa de matrícula.

Documentos para cidadão italiano ou europeu (duplo cidadão)

Se você tiver a cidadania italiana ou a cidadania europeia e tiver se formado no Brasil, saiba que para cursar uma pós-graduação na Itália, não é necessária a pré-inscrição no Consulado italiano, exigida pelo governo italiano aos estudantes estrangeiros. Você deverá entregar os documentos diretamente na Universidade escolhida.

Juntamente aos documentos listados acima, é preciso entregar uma cópia de um documento italiano ou europeu, uma cópia do codice fiscale, duas fotos no formato 3,5×4,5cm (chamadas na Itália de fototessera) e o recibo de pagamento da taxa de inscrição, no valor de €156. E claro, preencher a sua matrícula no site da Universidade escolhida.

Diferentes tipos de cursos de pós-graduação na Itália

Os cursos de pós-graduação na Itália são divididos em Laurea MagistraleMaster Universitario. Em uma comparação rápida, digamos que a Laurea Magistrale seria equivalente ao Mestrado acadêmico (stricto sensu) e o Master aos cursos de pós-graduação como MBA (lato sensu).

Segundo o portal do MEC, a diferença entre um curso lato sensu e stricto senso é, fundamentalmente, o número de horas dos cursos e que o primeiro não te dá um título, como Mestre ou Doutor, mas sim, um certificado.

Isso acontece de forma parecida nos cursos de pós-graduação na Itália. A Laurea Magistrale te dá o título de Dottore Magistrale. Com esse título, é possível se inscrever no programa de Dottorato di ricerca ou ainda cursar um Master di II livello.

Existe essa separação porque o sistema universitario na Itália é dividido em:

Nível Tipo Título
Primo livello (Primeiro ciclo) Laurea Triennale (Graduação) Dottore (Bacharel)
Secondo livello (Segundo ciclo) Laurea Magistrale (Mestrado) Dottore Magistrale (Mestre)
Terzo livello (Terceiro ciclo) Dottorato di ricerca (Doutorado) Dottore di ricerca (Doutor)

Observe que os cursos de Master não entram no ciclo universitário italiano, uma vez que são cursos de pós-graduação, mas “extra” universitários: dão ao aluno um certificado, não um título.

professora de pós graduação

Portanto, a diferença essencial entre os cursos de Laurea Magistrale e o Master é que os primeiros são realizados em âmbito universitário, com programas de estudo aprovados pelo Ministério da Educação italiano, enquanto o segundo é voltado exclusivamente para o mercado de trabalho – como é o caso do MBA, ou para um âmbito específico de atuação, como o Jornalismo.

Isso mesmo. Na Itália, não existe graduação em Comunicação social e Jornalismo; o que acontece é que existem cursos de graduação em Ciências da Comunicação que também trabalham com a Comunicação social, mas não te dão direito de exercer a profissão de jornalista. Neste caso, você precisa necessariamente fazer um Master di I livello em Jornalismo, obrigatoriamente reconhecido pela Ordem dos Jornalistas da Itália.

Laurea Magistrale

A Laurea Magistrale é um curso de pós-graduação na Itália que poderia ser definido como o percurso quase que “natural” de quem quer continuar no âmbito acadêmico. É um curso teórico, mas com algumas atividades práticas, como estágio obrigatório, laboratórios profissionalizantes e possibilidade de intercâmbio, pelo projeto Erasmus+. A laurea magistrale é como um Mestrado: é um título acadêmico.

Em relação às aulas da graduação, a dinâmica tende a mudar um pouco. A universidade italiana é muito formal e teórica, mas na Magistrale, os professores exigem mais, a carga de leitura é maior, mas, ao mesmo tempo, é um pouco mais dinâmica. Claro, tudo depende da área de estudos.

Duração do curso

O curso dura 2 anos e como prova final é prevista a entrega de uma dissertação de Mestrado (tesi di laurea magistrale), de no mínimo 80 páginas. A estrutura do curso e da redação do trabalho final são parecidos com o Mestrado acadêmico no Brasil.

Em primeiro lugar, a dissertação nasce de uma pesquisa, realizada pelo aluno nos últimos 8-10 meses do curso. É previsto também um orientador, que deverá acompanhar toda a pesquisa, e uma banca. A exposição é oral e dura, em média, 20 minutos.

Pós-graduação na Itália alunos

Diferentemente do Brasil, ao ingressar na pós-graduação na Itália, o aluno não é obrigado a entregar um projeto de pesquisa: esse nasce durante o curso, a partir das matérias previstas no currículo do curso.

Outra grande diferença é que não existem cursos de Laurea Magistrale para as seguintes Graduações:

  • Arquitetura;
  • Química farmacêutica;
  • Farmácia;
  • Direito;
  • Medicina;
  • Odontologia;
  • Pedagogia;
  • Medicina veterinária.

Os cursos listados são considerados Laurea Magistrale a Ciclo Unico, e dão acesso direito aos cursos do Terceiro ciclo, como Doutotado ou Especialização – principalmente no caso da graduação em Medicina.

Master

Na Itália, o Master não é o Master’s Degree dos países anglófonos; esse equivale à Laurea Magistrale e ao Mestrado acadêmico no Brasil. Os cursos Master di I livello e Master di II livello equivalem, grosso modo, aos cursos lato sensu brasileiros. É um curso de pós-graduação na Itália, mas muda um pouco rem relação à Laurea Magistrale.

Normalmente duram 1 ano e são mais caros. Prevem estágio obrigatório e a apresentação de um trabalho de conclusão de curso. O mínimo de créditos anuais é de 60 CFU (1500 horas).

Para se matricular no Master di I livello, você só precisa ter a Laurea triennale (Graduação). De igual modo, para se matricular no Master di II livello, você precisa ter, obrigatoriamente, a Laurea Magistrale.

O Master é considerado um curso do Segundo ciclo, mas não é um curso acadêmico, portanto, é usado como um turbo na carreira ou como um ingresso mais rápido no mercado de trabalho. Exatamente por esse motivo, muitos Masters são ministrados em língua inglesa.

Quanto custa pós-graduação na Itália?

As Universidades italianas, públicas e particulares, não cobram mensalidades, mas exigem o pagamento de uma taxa anual. Os custos da Laurea magistrale não são fixos como os dos Masters, e o valor se baseia na renda familiar do aluno.

Laurea Magistrale: custos

No caso do aluno brasileiro – com o sem cidadania italiana/europeia -, que opte por uma pós-graduação na Itália, as taxas dos cursos de Laurea magistrale costumam ser bem baixas. Isso porque, para o governo italiano, o que conta é o núcleo familiar do aluno. Se este mora no exterior, o aluno é considerado studente fuori sede, tendo direito à bolsa de estudo e às isenções fiscais e de taxas.

A seguir, os preços das Lauree magistrali oferecidas pelas seguintes universidades italianas:

Instituição de ensino Valor anual da taxa
Universidade de Milão 156€ (matrícula) + 200€
Universidade de Turim 156€ (matrícula) + 360€
Universidade de Perúgia 156€ (matrícula) + 660€
Universidade de Roma La Sapienza 156€ (matrícula) + 1.000€
Universidade de Nápoles L’Orientale 156€ (matrícula) + 622€

A primeira mensalidade é composta pela taxa regional (140€) mais uma marca da bollo (selo fiscal) no valor de €16.

Como mencionado acima, existe a possibilidade de pedir bolsas de estudos, através o programa de Diritto allo Studio, lei italiana que garante o acesso ao ensino superior. Cada universidade é responsável pelo valor da bolsa e pela forma de seleção.

Normalmente, para participar da seleção, é preciso entregar:

  • Declaração detalhada de renda familiar, traduzida e apostilada;
  • Extrato bancário do chefe da família, traduzido e apostilado;
  • Comprovante de renda, traduzido e apostilado.

As universidades italianas, através dos órgãos regionais de subsídio, oferecem, além da bolsa de estudos, o restaurante universitário (Mensa universitaria) e as residências estudantis.

Master: um investimento

O valor dos cursos de pós-graduação na Itália, como Master, costumam ser mais caros em relação aos cursos de Laurea Magistrale. Em média, um Master di I livello (correspondente ao MBA brasileiro) sai cerca de €4.000/ano.

Para ilustrar os preços, vejamos, em seguida, exemplos de preços e cursos nas mais variadas áreas:

Master Instituição Duração Preço
Master em Giornalismo: Rádio Università Cattolica del Sacro Cuore de Milão 1 ano 6.500€
Master em Cybersecurity Universidade de Bolonha 7 meses – 1 ano 4.950€
Master em Gestão do Esporte Universidade de Perúgia 1 ano 2.916€

Os mais renomados cursos de pós-graduação na Itália

Todo ano, o CENSIS (Centro de Estudos e Investimentos Sociais) faz um ranking com as melhores universidades italianas. A partir dessa classificação, é possível ver quais são as melhores universidades, públicas e privadas e os melhores cursos.

A vencedora da edição atual é a Universidade de Perúgia, que a partir deste ano, vai isentar do pagamento das taxas universitárias todos os alunos com renda anual de até 30.000€.

Pós-graduação na Itália Politécnico de Milão

Confira a seguir os melhores cursos de pós-graduação na Itália.

Laurea Magistrale

Os melhores cursos de Laurea Magistrale são:

  • Engenharia civil no Politécnico de Milão;
  • Letras na Universidade Ca’ Foscari de Veneza;
  • Psicologia na Universidade de Trento;
  • Design, no Politécnico de Milão;
  • Economia, na Universidade de Milão.

Masters

Os melhores Masters são oferecidos, quase sempre, por universidades privadas. Enquanto as universidades públicas são as grandes responsáveis pela pesquisa e ensino acadêmico, as universidades particulares se especializaram no ensino mais voltado ao mundo dos negócios e, de consequência, mais em sintonia com o mercado de trabalho.

Vamos ver quais são os melhores Masters na Itália:

  • Science of Finances, da Universidade Bocconi de Milão;
  • Marketing Management, do Politécnico de Milão;
  • Business Analytics, da Universidade LUISS de Roma
  • Financial Risk Management, do Politécnico de Milão;
  • Science in International Management, da Universidade Bocconi de Milão.

Como podemos observar, são cursos voltados ao mundo business. É sem dúvidas uma ótima solução para quem quer trabalhar na Itália.

Equivalência de títulos entre Itália e Brasil

Ok, decidi: quero fazer uma pós-graduação na Itália. Mas como validar o meu curso?

Bom, se o seu intuito é ter uma pós-graduação italiana que tenha validade também no Brasil, o ideal é cursar uma Laurea magistrale, já que esse tipo de curso entra no âmbito das pós stricto sensu (Mestrado e Doutorado).

OMaster di I livello e o Master di II livello não têm validade nem acadêmica, nem “burocrática” no Brasil. Isto é, não é prevista a validação do curso pelas universidades brasileiras.

De acordo com o site do MEC, o reconhecimento do diploma de pós-graduação lato sensu obtido no exterior não tem validade no Brasil, uma vez que o governo brasileiro não disponibilizou normas para tal validação.

Porém, caso você não tenha interesse em validar o diploma e esteja focado na carreira, talvez o Master di I livello pode ser a solução ideal para você. Além de durar menos, também oferece a possibilidade de realizar um estágio – mais longo em relação à Laurea magistrale – em uma empresa italiana. Isso significa um duplo investimento na carreira!

Fazer pós graduação na Itália é um diferencial na carreira?

A primeira vez que eu estive na Itália, eu me perguntei “Como assim todo mundo faz pós-graduação na Itália?!”. Se você mora na Itália, você deve ter reparado que a Laurea magistrale é o percurso quase que “natural” dos estudantes, após terem completado a Laurea triennale.

O motivo pela escolha de continuar com os estudos nasce exatamente do prestígio que simboliza a laurea magistrale: é um título acadêmico e é passo anterior ao Doutorado.

Do ponto de vista do mercado de trabalho, a maioria das vagas é destinada às pessoas que tenham o título Laurea magistrale. Segundo os dados disponibilizados pelo Consórcio AlmaLaurea, 87% dos alunos com Laurea Magistrale arranjam emprego na área de estudos após o término do curso. Em cursos como Engenharia, essa taxa sobe para 91,2%!

Vale a pena fazer pós-graduação na Itália?

Cada história e percurso acadêmico tende a levar para uma resposta. Se você já é formado e pensa em morar na Itália “para sempre” , mas ao mesmo tempo, quer ter o título reconhecido por uma universidade brasileira, a minha sugestão é que você faça, sim, uma pós-graduação na Itália, mas opte pela laurea magistrale.

Você já mora na Itália? Quer dar um up na sua carreia? Neste caso, eu aconselho seguir diretamente para um Master de I livello: como vimos, o investimento é maior, mas responde de forma rápida e direta ao que você está buscando.

Por outro lado, se você se formou e quer fazer uma pós-graduação na Itália, avalie bem as suas opções futuras. Se você quer continuar morando na Itália após os anos de estudo, e não tem interesse em validar o diploma, escolha entre um curso de Laurea Magistrale ou Master di I livello que mais tenha a ver com a sua graduação e o seu sonho profissional.

Experiência pessoal

Eu, sinceramente, quando decidi me matricular em uma pós-graduação na Itália, a opção pela qual eu me interessei mais foi a Laurea Magistrale. Essa decisão nasceu de vários fatores, quais: investimento econômico, tempo, aprofundamento teórico e a chance de realizar uma pesquisa. Eu me formei em Letras no Brasil e queria ir para a área da Comunicação digital e política, mas sentia que me faltava um pouco da parte teórica. Optei pela Universidade de Perúgia, onde defendi com nota máxima e louvor! Evviva!

Lembre-se que ter um título de estudos italiano é um grande investimento também para quem quiser deixar o país e morar em outro país europeu. Ficou animado em tentar? Leia o nosso guia Como estudar na Itália e comece a se preparar! Boa sorte!

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Empreender em Portugal: entenda como investir no país

Transformar ideias em realidades, inovar e tornar-se dono do próprio negócio muitas vezes é complicado em qualquer lugar do mundo. Antes de começar é preciso muito planejamento e visão de negócio. E quando se trata de colocar em prática planos em outro país? Neste artigo vamos falar sobre empreender em Portugal, quais as dúvidas mais comuns, como começar um negócio e os erros que você não deve cometer.

Como empreender em Portugal?

O processo para empreender em qualquer lugar do mundo começa com planejamento. Definir uma estratégia bem delineada e conhecer o mercado no qual se pretende investir são pontos de partida essenciais para qualquer empreendedor.

Além disso, é preciso ter reservas para investir, claro que existem pessoas que começam a investir com muito pouco, mas coloque na equação a cotação do euro. Existe, ainda, a opção de empréstimos nas instituições financeiras portuguesas – inclusive pode ser usado na solicitação do visto – mas é preciso ter um plano de negócio muito bem estruturado para evitar altos riscos.

Outro aspecto ao empreender em Portugal é a legalização. Você não pode simplesmente se mudar e começar um negócio. Dessa forma, existem duas possibilidades, a primeira é a cidadania europeia, se for seu caso, o processo é simples e não precisa se preocupar com a documentação prévia, apenas com o planejamento do negócio. Mas se esse não é seu caso, você terá que solicitar o visto.

Visto de empreendedor

O Visto D2 ou de empreendedor é uma modalidade destinada a pessoas que tem interesse em realizar investimentos em Portugal, com valores menores. Mas atenção, não basta ter o dinheiro para investir, segundo as informações da VFS Global, empresa responsável pela intermediação do visto português no Brasil:

“A concessão ou indeferimento do pedido de visto levará em conta a relevância econômica e social do investimento feito ou proposto. O fato de ter aberto uma empresa em Portugal não é, por si só, garantia de que o visto será concedido.”

Porém, para conseguir este visto é necessário apresentar um bom plano de negócios e definir o tipo de empresa que deseja abrir. Existem duas possibilidades de comprovação, são elas:

  • Comprovativo de que efetuou operações de investimento – plano de negócios (sumula); certidão permanente; declaração de início de atividade; registo de constituição de sociedade e extrato bancário com o saldo depositado na conta da empresa em Portugal; ou
  • Comprovativo de que possui meios financeiros disponíveis em Portugal, incluindo os obtidos junto de instituição financeira em Portugal, e da intenção de proceder a uma operação de investimento em território português, devidamente descrita e identificada.

O processo após recebimento dos documentos pela VFS Global, demora em média 60 dias para um parecer do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – SEF. Neste período o solicitante deve permanecer no Brasil, só sendo autorizada a mudança após a concessão do visto.

Em 2018 foram concedidos 974 vistos para empreendedores brasileiros, o que representa 89,5% do total de vistos dessa modalidade. O número representa um crescimento de quase 50% em relação a 2017, quando foram concedidos 562 vistos.

plano de negócio para empreender em Portugal

Abertura de empresa

A abertura da empresa em Portugal também é parte importante do processo. Seja antes ou depois da concessão do visto, é preciso ter todos os documentos solicitados sejam apresentados.

A empresa pode ser aberta pelo balcão do Empresa na Hora, basta apresentar os documentos solicitados no processo, como o passaporte ou autorização de residência, Número de Identificação Fiscal (NIF). Consulte os balcões do Empresa na Hora antes de se dirigir a um posto de solicitação.

Também é preciso apresentar:

  • Firma da lista pré-aprovada ou um certificado de admissibilidade que já tenha sido aprovado pelo Registo Nacional de Pessoas Coletivas;
  • Escolher um dos modelos de pactos pré-aprovados referente ao modelo societário no negócio;
  • Indicar um Técnico Oficial de Contas (TOC), escolher um da Bolsa de TOCs disponibilizada ou entregar a declaração de início de atividade em qualquer serviço de Finanças (até 15 dias depois da criação da empresa);
  • Apresentar o comprovante de depósito do valor do capital social da empresa ou declarar que o valor será depositado em dinheiro ou entregue nos cofres da sociedade.

É válido destacar que empreendedor precisa ter uma conta em um banco em Portugal e, de preferência, já ter definido o nome do contador da sua empresa. Em menos de uma semana a empresa já pode estar funcionando.

Quem pode empreender em Portugal?

Qualquer investidor estrangeiro pode empreender no país. Portugal estimula o empreendedorismo e oferece incentivos a investidores estrangeiros. Portanto, se você possui um bom plano de negócios, planejamento financeiro e vontade de inovar e de morar em Portugal, empreender no país é muito viável.

Segundo um estudo que analisou dados do Censo de 2011, mostram que os brasileiros representavam 30% dos empreendedores estrangeiros no país, no topo da lista, ultrapassando Espanha e Reino Unido, que ocupavam as primeiras posições em 1981. Nesse ano o país tinha 1.811 empreendedores estrangeiros, enquanto em 2011 o número chegou a 23.697. O segundo lugar da lista é a China, com 13% dos empreendedores estrangeiros.

Brasileiros que empreenderam em Portugal

Na terra dos doces empreender tendo como carro chefe os doces brasileiros pode parecer um risco enorme, mas a Brigadeiria do Porto, como o próprio nome diz, trouxe o nosso mais famoso doce para a vida dos portugueses. O empreendimento começou em 2018, quando a fisioterapeuta brasileira, Yasmin Pinto decidiu começar o negócio.

Tudo começou fazendo doces em casa após finalizar o mestrado na área de formação. Depois começou a ampliar a produção com o boca a boca, até que decidiu abrir o negócio. No início seria ela e uma amiga, também brasileira, mas quis o destino que ela seguisse sozinha e dois anos depois de abrir, o café é sucesso e recebe encomendas de doces e bolos diariamente.

Yasmin Brigadeiria do Porto

No processo de abertura da empresa contou com a ajuda de um advogado que fez todo o processo de documentação, de sociedade, etc. Para não começar do zero, adquiriu um café por meio de um trespasse, reformou completamente o local. O ambiente, próximo a uma movimentada rua de comércio do Porto, é agradável e charmoso, além de convidativo pelo delicioso cheiro de chocolate.

Apesar de ser negócio que tem como base doces e bolos brasileiros, engana-se quem pensa que os clientes são apenas brasileiros. “Meu público maior é português, tem muito brasileiro que vem pelos bolos, mas o público português é mais fiel”, conta. Mas para isso, foi preciso adaptar recitas e criar produtos que se adéquam ao paladar português.

Dificuldades de empreender em Portugal

“Empreender em Portugal não é fácil. Por experiência própria e por conhecer vários empreendedores na área. Desde conseguir embalagens para os produtos, que não são como os doces de portugueses. Até o volume de vendas, que é completamente diferente do Brasil. Não é possível ter vários produtos disponíveis porque não há vasão diária, o fluxo de clientes não é tão intenso quando no Brasil”, revela.

Outro aspecto destacado e que pode dar uma falsa sensação de retorno rápido, mas que não é bem o que acontece, é o valor do investimento inicial.

“É barato empreender aqui, mas não tem o retorno equiparado ao Brasil, por exemplo. Ou você vem com muito dinheiro para investir e ter a tranquilidade de esperar 2 a 3 anos para se estruturar ou pode ser muito difícil”, conta. Apenas agora, com mais de 2 anos do negócio aberto é que começa a ver os resultados do trabalho e a marca consolidada no mercado, especialmente de bolos e brigadeiros.

Mas as dificuldades, especialmente na compra de insumos de qualidade e na precificação, em um mercado, na época, quase inexistente, foram percalços difíceis de lidar. “Se eu hoje soubesse tudo que eu aprendi nesses dois anos, ou eu tinha juntado um dinheiro a mais antes de abrir ou não abria na área da alimentação aqui. O retorno financeiro em Portugal é muito difícil. “

Vantagens de empreender em Portugal

Uma das vantagens de empreender enquanto brasileiro é ser mais aberto, tanto para mudanças quanto na visão de negócio. Seja na hora de divulgar o negócio ou na hora de se reinventar, o empreendedor brasileiro tem mais facilidade.

O trabalho com o Instagram da marca, por exemplo, fez toda a diferença durante a pandemia. Yasmin destaca que no período passou 2 semanas com o café fechado, mas retornou os trabalhos para a entrega de pedidos e take away. Nesse período o trabalho com as redes sociais foi fundamental para manter o negócio.

“Logo que retomei as vendas, eram cerca de 60 mensagens por dia com encomendas, o que foi um pico no negócio”, lembra.

Brigadeiria do Porto

Conheça outros casos de sucesso de empreendedores brasileiros em Portugal.

Em quais áreas empreender em Portugal?

Empreender não significa somente tornar-se dono de seu próprio negócio, significa também inovar, concretizar suas ideias, confiar que elas darão certo e colocá-las em execução.

A maioria dos empreendedores que vão para o país investe em um dos seguintes ramos:

  • Alimentação, principalmente cafeterias e restaurantes com pratos brasileiros;
  • Comércio, lojas de roupas, trajes de praia e chinelos Havaianas, minimercados, etc;
  • Hospedagens, o número de turistas e imigrantes brasileiros está cada vez maior, por isso, quem investe em hostel, por exemplo, tem grandes chances de prosperar.

Veja como é morar no exterior depois dos 40 anos.

Áreas mais atrativas para empreender

Como empreender deve ser uma ideia inovadora, é importante ter em mente que, mesmo se você abrir um restaurante (há diversos espalhados pelo país), esse estabelecimento deve ter um diferencial em relação aos demais, como, por exemplo, uma comida que não é típica do país e que você sabe que ninguém faz igual.

Podemos citar várias ideias e sugestões para empreender em Portugal. Veja a seguir algumas.

  • Loja virtual de produtos a preços acessíveis, o e-commerce em Portugal ainda não é tão intenso quanto no Brasil;
  • Conserto de eletrônicos, esse tipo de mão de obra é bastante procurado, até mesmo pelos brasileiros que moram em Portugal e precisam de assistência técnica;
  • Creche, muitos pais não têm com quem deixar suas crianças quando vão para o trabalho. Muitas vezes, um deles tem que ficar sem trabalhar para cuidar delas. Por isso, uma creche ou um local com pessoas especializadas para cuidar de crianças é uma boa sugestão para empreender em Portugal;
  • Conserta tudo, no Brasil, essa função também pode ser conhecida como “marido de aluguel”;
  • Mecânico de automóvel que atenda também a domicílio;
  • Consultorias diversas, como de advogado, imobiliária, ambiental, etc.

Além disso, é possível empreender em muitas profissões, como coaching, personal trainer, designer e TI sem gastar tanto.

Setores saturados

Mesmo em um período de pleno crescimento, alguns setores já estão saturados, pelo menos em algumas regiões. Não significa que não comportem novos investimentos, mas que precisam ser bem avaliados, especialmente quanto a região de abertura.

Dessa forma antes de abrir um desses negócios, vale a pena pesquisar muito o mercado antes de começar a planejar.

  • Barbearias, o modelo brasileiro de barbearias invadiu as principais cidades portuguesas e não é raro se deparar com várias delas em um única rua. Por isso, pode não ser um bom investimento uma vez que o mercado já está bem servido de empreendimentos nessa categoria;
  • Restaurantes, não que seja um setor completamente saturado, mas é uma área de grande concorrência, por isso, se não trouxer uma proposta nova para o mercado, pode se tornar apenas mais um em meio a centenas de opções.

Saiba também como empreender no país com imóveis através do nosso guia passo a passo para comprar imóvel em Portugal.

Franquias em Portugal

Franquias podem ser opções mais “pé no chão” para investir em Portugal. Isso porque você utiliza um modelo de negócio que já existe no mercado e que já está concretizado.

Existem prós e contras de montar uma franquia em Portugal. Não será preciso criar um modelo que você não sabe se realmente terá o resultado esperado. Você já está vendo que o modelo que pesquisou e escolheu porque se identificou está sendo aceito pela população.

No entanto, tem seus contras também, por exemplo, ficar “engessado”, sendo obrigado a vender os serviços do pacote da franquia e padronizar o atendimento de acordo com o modelo do local. Além disso, geralmente, você precisa pagar royalties ao franqueador, normalmente um percentual que varia de acordo com seus lucros ou uma taxa fixa pré-estipulada.

empreendedorismo franquias em Portugal

No portal franchising.pt você encontra mais informações sobre as principais franquias no país.

Melhores franquias até 25 mil euros

É claro que a melhor franquia para você investir vai depender muito do seu conhecimento de mercado e das áreas com as quais tem mais afinidade. A seguir apresentamos alguns exemplos em setores variados de boas franquias para investir.

  • House Shine: franquia de limpeza doméstica, além de atender particulares também atua na limpeza de alojamentos de turismo;
  • Unu: franquia imobiliária com atuação em todo o país;
  • Urban Obras: franquia de remodelações, obras, decoração e arquitetura;
  • Be Beauty: serviços de beleza e estética.

Melhores cidades para empreender em Portugal

Segundo o Bloom Consulting 2019, Lisboa lidera como a melhor cidade para investir em Portugal. Em seguida, vem Porto e Braga está na terceira colocação. As cidades que compõem o top 10 da lista são:

  • Cascais;
  • Coimbra;
  • Sintra;
  • Oeiras;
  • Setúbal;
  • Faro.

Se o seu objetivo é empreender em Portugal e morar no sul do país, confira o artigo que fizemos sobre casas para venda no Algarve e saiba como e por que comprar na região.

Principais erros ao empreender em Portugal

Fizemos uma lista dos principais erros ao empreender em Portugal, confira:

1. Não fazer uso da terceirização legalizada de Portugal

Ao contrário do Brasil, em Portugal tem muito emprego terceirizado. O mercado de trabalho no país já entendeu que a terceirização é o caminho para se pagar menos imposto.

Logo, utilizar sua empresa unipessoal para trabalhar dentro de outra empresa pode ser a melhor opção para você entrar no mercado de trabalho. Muitas empresas na Europa tem o próprio dono como único empregado. Obter o D2 através de empresa unipessoal para trabalhar em outra empresa é muito fácil, e não requer investimentos em estrutura.

Veja um artigo completo sobre bom investimento em Portugal.

2. Ser otimista demais e não ter reservas financeiras

Eu não iria empreender em Portugal com 5 mil euros no bolso e família à tira-colo. A não ser que tivesse já um emprego terceirizado alinhado com conhecidos.

Apenas para você conseguir alugar um imóvel sem fiador, você vai precisar deixar uma caução ou pagar meses antecipados de aluguel. Só aqui você  gasta de início com pelo menos 2 mil euros em Lisboa. A manutenção da tua empresa com os impostos básicos de segurança social e contador começam em 300 € mensais. É preciso ter consciência dos gastos e não se arriscar sem ter a reserva necessária.

3. Não conhecer o mercado de Portugal

É preciso perceber que o mercado de Portugal é diferente do mercado do Brasil. Muito do que o brasileiro compra, o português nem dá bola, e vice-versa. Eles têm hábitos de consumo muito diferentes dos nossos.

Você definitivamente não quer ser um vendedor de panos para quem já tem panos. Uma análise de plano de negócio com um escritório local pode fazer toda a diferença, antes de você investir mais de 5  mil euros em Portugal. O brasileiro precisa aprender que know-how e conhecimento profissional possuem valor.

Veja quais são os principais negócios rentáveis em Portugal.

4. Desconsiderar a formalidade europeia com impostos

No Brasil você gere suas contas bancárias como bem entende. Em Portugal a Finanças (a Receita Federal deles) está de olho. Se você não quiser que seu contabilista te abandone, registre toda movimentação da empresa e guarde os recibos de todas as contas feitas com ela.

Pague seus impostos. O Governo de Portugal está dando a residência para você ajudar a carregar o barco, e não para apenas onerá-lo.

5. Não estar preparado para imprevistos

A pandemia de coronavírus e a quarentena imposta à população de vários países, como Portugal, mostra que mais do que nunca é preciso estar preparado para imprevistos na hora de empreender. Não foram poucos os negócios recém abertos ou prestes a inaugurar afetados pela paralisação.

Claro que ninguém espera que isso aconteça novamente tão cedo, mas é preciso estar preparado para situações semelhantes. Assim como a sazonalidade que o mercado pode enfrentar, por exemplo, as áreas ligadas ao turismo tem fluxo intenso no verão, mas no restante do ano a demanda cai naturalmente.

Preparação pode ser a diferença entre uma experiência portuguesa feliz, ou de insatisfação. Faça a sua lição de casa, e tua residência europeia com o visto D2 terá muito sucesso!

Ficou com vontade de se mudar para Portugal? Recomendamos que você adquira o nosso E-book Como Morar em Portugal. É um guia completo com todos os passos para morar no país, desde o planejamento, legalização, documentos, moradia, custo de vida e muito mais. Vale a pena!

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domingo, 30 de agosto de 2020

Por que escolher Portugal para estudar fora? Depoimento de um estudante brasileiro

No mundo globalizado em que vivemos, cada vez mais os estudantes se sentem atraídos pela ideia de estudar e morar fora do seu país de residência. A escolha por estudar fora passa, principalmente, pela busca por melhores cursos e universidades renomadas internacionalmente, bem como pela experiência de intercâmbio cultural que essa oportunidade oferece.

Contudo, e normalmente por inexperiência, nem sempre as pessoas levam em consideração outros fatores que também são fundamentais para o sucesso nesta jornada internacional. Variáveis como clima, adaptação a cultura local, custo de vida, estão também diretamente relacionadas ao quão proveitoso essa experiência poderá vir a ser.

Portugal como destino preferencial

Neste contexto, sem dúvidas que Portugal é um dos países que melhor conjugam todos estes fatores, em especial para estudantes brasileiros. Segundo dados da Direção Geral de Estatísticas da Educação e da Ciência, do ano letivo de 2017/2018 para 2018/2019 houve um crescimento de 32% de alunos brasileiros que foram estudar em Portugal.

E informação sobre Portugal, como destino para estudo, é o que não falta na internet, basta pesquisar direitinho.

Mas você já teve a oportunidade de conversar com alguém que tenha passado por esta experiência? Já escutou um relato em “primeira pessoa”? Afinal, a prática muitas vezes vale muito mais do que a teoria.

Depoimento de estudante brasileiro que estuda em Portugal

Fernando Leony é um jovem de 19 anos que, após terminar o ensino médio no Brasil, decidiu fazer a sua faculdade em Portugal. Após 1 ano residindo e estudando em Lisboa, ele nos compartilha abaixo as suas considerações sobre o porquê ter escolhido Portugal e como tem sido a sua experiência no país. Confira!

Fernando: “No ano de 2016, após passar 11 meses estudando nos Estados Unidos, retornei do meu intercâmbio com uma certeza, um desejo, um sonho: estudar e morar fora do Brasil. Desde então, foram anos de pesquisa e planejamento para decidir o meu destino.

Neste percurso sempre trouxe comigo quatro pilares muito importantes e que seriam fundamentais para a minha escolha final: educação, segurança, custo de vida e – não menos importante – a saudade.

E, com muita alegria, é que digo que Portugal atingiu todas as minhas expectativas!

Educação

Naturalmente, um dos primeiros fatores que levei em consideração foi a qualidade da educação e a variedade de cursos oferecidos no país.

Portugal é um país reconhecido mundialmente por excelência na docência e possui mais de 50 faculdades bem conceituadas, com características específicas para o desejo de cada estudante.

Desde a tradicional e centenária Universidade de Coimbra, referência internacional na área do Direito, até a Universidade Católica, reconhecida em 2019 como a melhor universidade portuguesa no ranking mundial, que se destaca principalmente na área da pesquisa e desenvolvimento (I&D).

estudantes em Portugal

Pessoalmente, optei pelo Curso de Direito da Universidade de Lisboa, pois me pareceu a opção ideal justamente por combinar esses dois fatores em uma única instituição: tradição e modernidade, aliados a uma forte política de internacionalização de estudos, através do Programa Erasmus.

Sigo feliz com a minha escolha neste quesito, contudo opções de bons cursos e universidades renomadas não faltam pelo mundo, e outros fatores foram se somando para minha tomada de decisão e satisfação na escolha por Portugal.

Segurança, Liberdade e Autonomia

Sigo por apontar aquele que é, sem dúvidas, o fator mais importante para mim: a segurança em Portugal, que se revela através da liberdade e autonomia.

Considerado pelo ranking da GPI (Global Peace Índex) o país mais seguro da União Europeia e o terceiro do mundo (índice confirmado após a minha vivência também!), Portugal se demonstrou como uma excelente opção no quesito segurança.

É simplesmente libertador viver sem medo e sentir que essa segurança lhe permite explorar a fundo o local onde se vive de forma muito mais verdadeira. De transportes públicos às praças públicas, você tem a sensação de que aquela cidade é de fato também sua.

As calçadas estão ali para serem caminhadas, os parques para serem visitados, os restaurantes com cadeiras no passeio para serem frequentados – independentemente do horário e sem medo.

A sensação que tive foi de ter retomado um direito meu, que no papel nunca foi negado mas, que na prática, muito pouco foi gozado, me refiro ao direito de ir e vir. E posso garantir que, independentemente da sua condição financeira, alguns “luxos” têm muito mais a ver com valor do que com o preço das coisas.

Custo de Vida

Quanto ao quesito custo de vida, Portugal, novamente, se mostrou uma opção muito atrativa.

Apesar da desvalorização do real face ao euro, não se pode negar que Portugal está entre os países com o menor custo de vida da União Europeia, o que acaba por ser um facilitador, principalmente, para estudantes e pessoas que buscam recomeçar a vida.

Além disso, com uma excepcional educação pública e aberta para estrangeiros, preços justos e acessíveis, Portugal me permitiu frequentar uma faculdade reconhecida mundialmente e por um custo muito inferior quando comparado às melhores faculdades de outros países.

Para se ter uma ideia, um estudante brasileiro que deseje realizar uma graduação no ensino superior do Reino Unido, em faculdades também de prestígio, tem que desembolsar em média 30 mil euros anuais. Já nos EUA, a anuidade das melhores faculdades do país podem chegar a um valor de 40 mil Euros. Portugal, por sua vez, possui preços muito mais acessíveis: valores anuais que costumam variar de 3 a 5 mil euros para estudantes brasileiros.

Saudade

Por fim, a saudade foi consideravelmente importante na minha escolha. Apesar de não poder levar comigo os meus parentes e amigos queridos que residem no Brasil, existem outras formas de amenizar uma saudade: através da língua, cultura e clima.

A possibilidade de estar em um país que compartilha da mesma língua materna me concedeu a possibilidade de entender e me fazer entender melhor em situações desde o cotidiano até o meio estudantil e profissional.

Junto a isso, Portugal, de uma forma bastante ampla, foi o país que apresentou maiores similaridades culturais com o Brasil, além de ambos os países manterem laços estreitos de amizade e cooperação, que facilitam o trânsito de brasileiros em questões burocráticas e jurídicas.

Por exemplo, a maior parte das faculdades portuguesas já aceitam a nota do ENEM do Brasil como forma de ingresso para estudantes internacionais. Adicionalmente, os brasileiros que desembarcam em Portugal podem se beneficiar do Estatuto de Igualdade vigente entre os países, que lhes proporciona diversos direitos garantidos até então apenas aos portugueses.

Ainda tratando da cultura, o estilo de vida português me parece encaixar perfeitamente para um brasileiro que compartilha desse sonho de morar fora, ao mesmo tempo que ama seu país e seus costumes.

Ruas de Lisboa

Um país litorâneo, com clima agradável e verão quente, sem contar os inúmeros brasileiros que já residem em Portugal, tornam o período de adaptação muito mais suave, o que mais uma vez está diretamente ligado a uma boa qualidade de vida. A sensação que tive logo nos meus primeiros dias foi de acolhimento.

Portanto, acredito que – assim como eu – se você possui o desejo de morar no exterior e compartilha de alguns desses pilares como sendo fundamentais na busca de seu destino, deveria – definitivamente – considerar Portugal como um forte candidato!”

Se identificou com o depoimento do Fernando?

Se morar em Portugal também faz todo o sentido para você, tenha em atenção que as candidaturas aos cursos devem ser feitas em períodos específicos, em geral, em janeiro e fevereiro são disponibilizados o maior número de vagas, e o ano letivo começa em setembro para a maior parte dos cursos.

Após a aprovação no curso selecionado, é preciso obter um visto de estudante para que possa vir morar em Portugal nesta condição. Idealmente, não deixe para providenciar o seu visto no segundo semestre, pois, na prática, os Consulados de Portugal ficam superlotados de pedidos de estudantes neste período e acabam por atrasar os processos, o que tem ocorrido especialmente neste ano de 2020 por conta do COVID.

O planejamento é fundamental para que possa chegar em Portugal com tranquilidade e começar os estudos com foco e bem ambientado.

Precisa de mais informações ou ainda tem dúvidas de como o sonho de estudar em Portugal pode se tornar uma realidade para você? Entre em contato conosco.

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Mestrado na Alemanha: requisitos, custos e outras dicas

As vantagens de se estudar no exterior vão além da qualificação acadêmica. É uma experiência única para vivenciar uma nova cultura, fazer novos amigos, adquirir novos conhecimentos, aprimorar um idioma e fortalecer o currículo. Muitas pessoas acreditam que estudar no exterior é caro e complicado, mas neste artigo vamos trazer dicas para descomplicar os procedimentos e mostrar que fazer um mestrado na Alemanha é relativamente barato, além de ser uma oportunidade que pode abrir muitas portas no país.

Como fazer mestrado na Alemanha?

Para ser um estudante de mestrado na Alemanha, você deve ter concluído sua graduação e ter boas habilidades com os idiomas alemão e/ou inglês. Sim! É possível estudar na Alemanha em inglês, principalmente no nível de pós-graduação. Também é importante que você tenha tido um bom rendimento durante a sua graduação, pois as suas notas serão consideradas pela maioria das universidades.

Além disso, é preciso muita disciplina e determinação, pois o processo seletivo é burocrático e exige planejamento e, ademais, morar na Alemanha muitas vezes também requer estas características.

Como se candidatar para fazer mestrado na Alemanha?

Para se candidatar a um curso de mestrado na Alemanha é importante se organizar com bastante antecedência e procurar os cursos de interesse, listando os pré-requisitos para cada um deles. Geralmente estas informações estão disponíveis no site da universidade.

Se ainda estiver um pouco perdido e não souber por onde começar a busca, recomendamos que acesse a plataforma do DAAD, a qual disponibiliza um banco de dados com todas as ofertas de estudo no país e outro com todas as ofertas em programas internacionais.

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Em 2020, mais de mil programas de mestrado internacionais e em inglês estão sendo ofertados na Alemanha. Para usar os bancos de dados, basta filtrar pelo tipo de curso (mestrado, no caso), o idioma de preferência (inglês e/ou alemão), o campo de estudo, caso já possua uma preferência, o estado ou a cidade.

Exame de proficiência

Um pré-requisito que certamente você terá que cumprir ao se candidatar ao mestrado na Alemanha será a apresentação de um exame de proficiência no idioma em que o curso será lecionado. Por exemplo, se o seu curso for em alemão, você deverá apresentar o certificado dos exames TestDaF, Telc ou DSH. Se o seu curso for em inglês, você deverá apresentar o certificado do TOEFL iBT ou do IELTS.

As notas exigidas nestes exames variam de acordo com a universidade, sendo que algumas são mais rigorosas e outras menos. De uma forma geral, a nota mínima exigida no TOEFL iBT é 79/120 e para o IELTS é 6,5/9.

Vale lembrar que estes exames são válidos por apenas dois anos e que os resultados devem estar disponíveis antes da sua candidatura na universidade alemã, portanto se planeje para realizar o exame dentro do prazo necessário. Além disso, alguns cursos são lecionados nos dois idiomas e requerem certificados tanto de alemão quanto de inglês.

Carta de motivação

Além do exame de proficiência, você precisará escrever uma boa carta de motivação explicando o porquê você deseja fazer mestrado na Alemanha e especificamente na universidade e no curso que você selecionou. É importante que a carta não apenas repita as informações do seu currículo, mas mostre algo sobre a sua personalidade, seus sonhos e objetivos. Não fale apenas sobre você, mas sim sobre o curso e como ele vai contribuir para a sua carreira, seja ela acadêmica ou não.

Currículo

O currículo também é um item essencial que deve ser apresentado na sua candidatura ao mestrado na Alemanha. Ele deve ser feito em formato tabular e, de preferência, incluir uma foto. A foto deve apresentar uma postura profissional e, portanto, não deve ter sido tirada em festas ou com óculos de sol na praia, e também não deve incluir outras pessoas.

O seu currículo deve conter todas as suas experiências profissionais e a sua formação acadêmica. Caso prefira, você pode elaborar o seu currículo tabular pela plataforma Europass, que é um modelo amplamente aceito na Europa.

Cartas de recomendação

Outro item importante ao se candidatar ao mestrado na Alemanha é apresentar boas cartas de recomendação, que demonstrem que você é um aluno dedicado e responsável e que reafirmem o seu interesse em estudar na Alemanha. É recomendável enviar duas cartas, uma de âmbito profissional e outra de âmbito acadêmico.

Para as cartas de âmbito profissional, você deve entrar em contato com um coordenador ou supervisor que tenha acompanhado suas atividades profissionais, como um estágio acadêmico, por exemplo. A carta de âmbito acadêmico deve ser escrita por um professor com quem você tenha tido bastante contato na sua graduação, como o orientador da sua monografia ou o coordenador de um programa de iniciação científica que você tenha participado.

Portfólio ou testes específicos

De uma forma geral, não há prova para admissão em cursos de mestrado na Alemanha. Contudo, alguns cursos podem exigir testes específicos. Este é o caso, por exemplo, dos cursos de arte, design e arquitetura, que irão solicitar aos candidatos o envio de um portfólio. Cursos de música, por sua vez, muitas vezes exigem testes presenciais. Além disso, alguns cursos de exatas podem exigir exames específicos.

Melhores universidades para fazer mestrado na Alemanha

Em 2020, de acordo com o ranking Times Higher Education, as 8 melhores universidades na Alemanha são:

  • 1º: LMU – Universidade Ludwig Maximilian de Munique;
  • 2º: TUM – Universidade Técnica de Munique;
  • 3º: Universidade de Heildeberg;
  • 4º: HU Berlin – Universidade Humboldt de Berlim;
  • 5º: Universidade de Freiburg;
  • 6º: Universidade de Tübingen;
  • 7º: RWTH Universidade de Aachen;
  • 8º: FU Berlin – Universidade Livre de Berlim.

Melhores cursos de mestrado na Alemanha

Os cursos mais buscados por estrangeiros quando querem fazer mestrado na Alemanha são aqueles que se associam à imagem que temos do país no mundo contemporâneo e também aqueles que remetem às personalidades históricas formadas no país.

É o caso de áreas como tecnologia, engenharia, física, arquitetura, filosofia e música. Contudo, outros cursos também são muito tradicionais e possuem excelência, como é o caso dos cursos das áreas de saúde ou direito da Universidade de Heidelberg.

Quanto custa fazer mestrado na Alemanha?

Parece mentira, mas fazer mestrado na Alemanha é relativamente barato, em comparação com outras universidades europeias. É possível, inclusive, dizer que estudar na Alemanha é de graça, mas é sempre importante ressaltar que existem taxas administrativas que devem ser pagas semestralmente.

Taxas semestrais de matrícula

Esclarecendo melhor, de uma forma geral, os cursos de bacharelado e os cursos de mestrados consecutivos não possuem mensalidades em universidades públicas. Entretanto, são cobradas taxas administrativas semestralmente, as quais variam entre 150€ e 250€.

A grande questão é que estas taxas cobrem um passe semestral para uso do transporte coletivo e, por esse motivo, muitas pessoas consideram que a universidade é gratuita, pois qualquer pessoa gastaria mais do que o valor cobrado caso fosse usar o sistema de transporte coletivo de forma privada.

Em muitos casos, o ticket semestral de estudantes dá direito não somente ao sistema de transporte coletivo municipal, mas também à rede de transporte de todo o estado, inclusive trens regionais. Além do transporte coletivo, as taxas incluem contribuições sociais para as instituições que gerenciam os dormitórios e refeitórios estudantis.

Universidades no estado de Baden-Württemberg são exceção

Desde Setembro de 2017, os estudantes sem cidadania europeia precisam pagar 1.500€ por semestre para fazer cursos de graduação ou mestrado nas universidades localizadas em Baden-Württemberg, no sudoeste da Alemanha.

Isto se aplica, por exemplo, para as universidades de Heildeberg, Freiburg, e Tübingen, as quais foram listadas entre as melhores universidades do país.

Mensalidades em cursos de mestrado não-consecutivo

Além disso, é importante esclarecer que existem dois tipos de mestrado na Alemanha: o consecutivo e o não-consecutivo. O mestrado não-consecutivo tem um caráter mais profissional e geralmente é feito por pessoas que já possuam uma certa experiência profissional após a graduação.

Como dito anteriormente, os mestrados consecutivos, via de regra, não cobram mensalidades. Por sua vez, os mestrados não-consecutivos, mesmo em universidades públicas, podem cobrar taxas de ensino que variam entre 4.000€ e 15.000€ (para todo o curso), sendo, ainda assim, mais baratos que muitas universidades em outros países europeus.

Bolsa de mestrado na Alemanha

Atualmente são ofertadas muitas bolsas de estudo na Alemanha, principalmente para o nível de mestrado na Alemanha. Os principais programas são o EPOS e o Helmut-Schmidt, mas há mais de outras 190 opções para conseguir uma bolsa de estudos no país. Muitas bolsas de mestrado na Alemanha cobrem todas as despesas dos estudantes durante o período do curso, como mensalidades, auxílio financeiro mensal, passagens aéreas e seguro saúde.

Preciso saber alemão para fazer mestrado na Alemanha?

Via de regra, não é necessário saber alemão para fazer mestrado na Alemanha, tendo em vista que muitas universidades oferecem cursos internacionais e lecionados em inglês.

Contudo, é sempre importante lembrar que não saber o idioma do país em que você reside pode resultar em muitas situações desagradáveis e frustrantes. Em uma cidade cosmopolita, como Berlim, é bem provável que o alemão não faça tanta falta em suas atividades cotidianas.

Contudo, aprender alemão é muito importante para que você seja uma pessoa independente, capaz de resolver sozinha questões burocráticas ou até mesmo se sentir seguro para tarefas simples como fazer compras ou ir ao médico.

Preciso validar meu diploma para fazer mestrado na Alemanha?

Para fazer mestrado na Alemanha, de uma forma geral, não há necessidade de validação do diploma. Por outro lado, será importante fazer a apostila do documento de acordo com a Convenção de Haia, bem como fazer uma tradução juramentada do diploma.

A maioria das universidades alemãs irá exigir que você se inscreva pela plataforma Uni Assist. Esta plataforma avalia os diplomas e demais certificados estrangeiros, bem como converte as notas do seu histórico acadêmico para o sistema de pontuação alemão. A primeira solicitação por meio desta plataforma tem um custo de 75€. Cada solicitação de estudo adicional no mesmo semestre de inscrição custa 30€.

No Brasil, após finalizar o mestrado na Alemanha, a validação do diploma alemão deve ocorrer pela Plataforma Carolina Bori.

Vale a pena fazer mestrado na Alemanha?

Sim, vale a pena fazer mestrado na Alemanha. Como estou concluindo o meu curso e em breve entregarei a minha dissertação de mestrado, aproveito para compartilhar com vocês a minha experiência pessoal de ter feito mestrado na Alemanha.

Planilha para planejar a candidatura

Quando decidi que queria fazer mestrado na Alemanha não medi esforços para me planejar e alcançar este objetivo. Busquei pelos cursos em inglês na minha área pela plataforma do DAAD e criei uma planilha na qual listei todos os cursos que me interessavam. Criei colunas com a localização, os custos, os prazos para candidatura e os pré-requisitos.

Na minha planilha eu indicava, por exemplo, a nota mínima exigida no exame de proficiência. Dessa forma, pude definir qual era o meu objetivo quando fui estudar inglês e fazer a prova, considerando a nota mínima exigida pela universidade mais rigorosa da minha lista. A nota que eu deveria fazer era 100/120. Uma meta um pouco audaciosa, mas que serviu para me motivar para estudar e me preparar bastante para a prova.

Esta planilha me acompanhou durante todo o processo. A cada nova candidatura enviada, eu marcava na planilha a data de envio e controlava as etapas para não me perder. Felizmente, aos poucos fui recebendo as desejadas cartas de aceite e fui marcando na planilha as minhas conquistas.

No fim, fui aceita para um total de seis universidades, dentre as sete para as quais me candidatei. A planilha me ajudou a selecionar aquela que melhor se encaixava nos meus planos e, neste momento, a coluna de custos foi a que mais pesou, pois acabei escolhendo um curso de mestrado consecutivo em uma universidade pública, ou seja, com custo extremamente baixo.

Matrícula na universidade e outras burocracias

Em 2018 iniciei o meu mestrado na Alemanha na Universidade Bauhaus, em Weimar. Mesmo já tendo morado na Alemanha anteriormente, todo o processo no início foi bastante difícil e burocrático, e, mesmo sendo uma pessoa adaptável, levei algum tempo para me familiarizar e organizar tudo.

O mais difícil, na minha opinião, foi conhecer a cidade e montar uma casa nova ao mesmo tempo em que tinha que fazer todos os procedimentos burocráticos, como a matrícula na universidade, o registro de endereço, a conta bancária, e a solicitação da permissão de residência. Felizmente, na universidade em que estudo, existe uma equipe responsável por recepcionar os novos alunos internacionais e auxiliar com as etapas destes procedimentos.

relacionamento com colegas no mestrado

Relacionamento com os colegas de sala

Outra preocupação no início era a de fazer novos amigos e ter um bom relacionamento com os meus colegas de curso. Como faço um curso internacional, meus colegas de sala são de vários países e de todos os continentes. Acredito que isso tenha me ajudado muito a me integrar, uma vez que a maioria de nós se encontrava em situação semelhante.

Ensino e avaliações

O estudo, as provas, os trabalhos e as notas também eram temas que me deixavam bastante ansiosa ao começar o mestrado na Alemanha. De fato, estudar no país requer, de uma forma geral, mais dedicação que em uma universidade brasileira.

O quadro de horários de aula, muitas vezes, se distribui por diferentes períodos do dia. No meu primeiro semestre, por exemplo, eu fazia um total de 10 disciplinas, algumas iniciando as 9h da manhã, enquanto outras tinham início às 19h. Além disso, as aulas exigem bastante preparação. É comum que você tenha que ler textos longos ou fazer muitos exercícios para cada aula. Apesar disso, normalmente, não há lista de presença nos cursos de mestrado na Alemanha, sendo responsabilidade e escolha do aluno a decisão de participar ou não das aulas.

Durante os meus dois primeiros semestres no mestrado na Alemanha tive que me dedicar bastante e de forma exclusiva aos estudos. Por mais que eu seja confiante quanto ao meu conhecimento de inglês, ler textos em um idioma estrangeiro e fazer apresentações em outro idioma sempre será mais difícil do que na sua língua materna. No início tudo era novidade e, por isso, era ainda mais difícil. Hoje, entretanto, já consigo ler os textos de forma mais dinâmica e fazer apresentações de forma mais espontânea.

Além disso, viver na Alemanha, como em qualquer país, tem seus altos e baixos. Em vários dias questionei a minha decisão de fazer mestrado na Alemanha, por achar que estava muito difícil ou que não estava sendo reconhecida, apesar dos meus esforços. Contudo, na minha opinião, os pontos positivos superaram os negativos e, hoje, às vésperas de entregar a minha dissertação, não me arrependo de ter feito esta escolha.

E depois do mestrado, o que fazer?

Atualmente, a Alemanha busca estrangeiros qualificados para trabalhar no país. Sabendo disso, e considerando o salário mínimo competitivo estabelecido no país, muitos brasileiros se mudam para trabalhar na Alemanha.

O que muitas pessoas não sabem é que, ao fazer um mestrado na Alemanha, algumas facilidades são oferecidas para que os ex-alunos possam se estabelecer no país. Isto porque, além de possuir um diploma emitido por uma instituição alemã, a pessoa terá acesso a um tipo de visto para procurar emprego específico para pessoas que concluíram um curso superior na Alemanha.

Trata-se da permissão de residência denominada Aufenthaltserlaubnis für Studienabsolventen zur Arbeitsplatzsuche, a qual permite morar no país por um período de até 18 meses para procurar uma posição de trabalho na sua área. Além disso, durante o período de validade deste visto, a pessoa pode trabalhar normalmente em período integral em qualquer atividade.

Gostou do artigo? Espero que te ajude a preparar o seu mestrado na Alemanha, boa sorte!

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sábado, 29 de agosto de 2020

Comidas típicas da Inglaterra: conheça as delícias da culinária inglesa

Nada mais gostoso do que conhecer a culinária de diferentes países, não é mesmo? Por isso, quem quer conhecer a terra da Rainha não pode deixar de provar as comidas típicas da Inglaterra.

A culinária inglesa tem má fama, principalmente entre os italianos e franceses. Mas, isso é passado. Para acabar com essa injustiça, preparamos uma lista com 15 comidas típicas da Inglaterra que são uma delícia. Não importa se você gosta mais de pratos salgados ou doces, a lista contém comida para todos os gostos. Vamos conhecer?

15 comidas típicas da Inglaterra que você precisa conhecer

As trocas culturais durante o Império Britânico influenciaram diretamente a culinária inglesa. Sendo assim, as comidas típicas da Inglaterra têm influências, principalmente, das culinárias indiana e da comida francesa. Por exemplo, o curry, típico indiano, hoje está presente em muitos pratos tipicamente ingleses.

Os ingredientes base são normalmente, batatas, carnes de caça, peixes e salsichas. Os doces e o bolo inglês são outros pratos tradicionais que representam muito bem o país.

Outra característica interessante, é que diferente do Brasil, na Inglaterra o jantar é a principal refeição, o que reflete nas comidas.

Veja abaixo as principais comidas típicas da Inglaterra.

Fish and Chips

O Fish and Chips (peixe com batata frita) é com certeza o prato mais famoso da culinária inglesa e é um símbolo das comidas típicas da Inglaterra. Para se ter uma ideia, estima-se que são vendidos 382 milhões de fish and chips anualmente no país.

fish and chips

O filé de peixe empanado com batatas fritas é muito popular em bares e restaurantes e é conhecido por ser uma comida de rua. O peixe, normalmente bacalhau, haddock ou linguado, é empanado em massa especial e frito na gordura bem quente. Já as batatas são fritas duas vezes, para garantir a crocância por fora e são cortadas em palitos grossos.

Confira também nossa lista de comidas “europeias” que só existem no Brasil.

Full English Breakfast

É praticamente obrigatório viajar para a Inglaterra e experimentar o café da manhã típico inglês. A refeição contém bacon, linguiça, ovo frito, feijão assado em molho de tomate, tomates fritos ou grelhados, torrada, cogumelos salteados e linguiça preta de sangue (chouriço) para completar.

full english breakfast

É um prato reforçado, por isso, em muitos pubs e cafés no país ele é servido o dia todo, podendo até mesmo substituir o almoço. Além disso, não é costume tomar um café da manhã completo no dia a dia, apenas nos finais de semana e feriados.

Bangers and Mash

O Bangers and Mash é uma comida típica da Inglaterra que é servida nos pubs e também muito consumida nas casas das famílias inglesas. Ele é um prato típico de inverno servido de salsichas acompanhadas de purê de batatas, ervilhas cozidas e molho de cebola caramelizada.

bangers and mash

Toad in the hole

Outro prato típico inglês é o Toad in the Hole, que é preparado com salsichas ou linguiças e massa. Depois de dourar as salsichas ou linguiças, que devem ser de alta qualidade, elas são colocadas em uma travessa e cobertas pela massa.

O prato vai ao forno até que a massa esteja bem crocante. É servido com molho de cebola ou o suco da carne. Também pode ser acompanhado de cebola roxa e molho madeira.

Conheça também as principais comidas típicas da Holanda e seus pratos mais famosos.

Beef Wellington

Uma das comidas típicas da Inglaterra mais conhecidas é o Beef Wellington. Ele consiste em um filé mignon envolto em patê, purê de cogumelos e/ou presunto de parma e coberto com uma camada de massa folhada. O filé é assado e servido bem rosado, com molho de vinho tinto.

beef wellington

O prato é muito comum nas casas e restaurantes e, apesar de a origem de seu nome ser desconhecida, acredita-se que o prato foi criado para celebrar o primeiro Duque de Wellington, Arthur Wellesley, e a vitória na Batalha de Waterloo. Independente de sua origem, o prato com certeza é uma delícia.

Sunday Roast

Entre as comidas típicas da Inglaterra, estão os assados de domingo. Em todo o país, domingo é dia de comer um assado. Ele pode ser carne de boi, frango, cordeiro, porco, ou até mesmo opções vegetarianas.

Os assados são normalmente acompanhados de batatas, cenoura, brócolis, couve de Bruxelas, ou outro vegetal, molho encorpado feito dos sucos da carne.

Além disso, dependendo do tipo do assado usado, existem alguns acompanhamentos especiais. Por exemplo, o Roast Beef (carne de boi) é feito normalmente com molho de raiz forte, mostarda inglesa e é acompanhado de um Yorkshire Pudding.

Confira aqui 18 comidas típicas da Itália que você precisa provar.

Yorkshire Pudding

Este é o acompanhamento clássico do Roast Beef. Ele é uma espécie de “pudim”, mas que não é doce. O Yorkshire Pudding é uma massinha, feita a base de farinha de trigo, leite e ovos que é assada com a gordura da carne. Ele fica crocante, leve e é realmente adorada pelos ingleses.

Yorkshire pudding

O Yorkshire Pudding é consumido durante a refeição principal ou como entrada. Mas, se você quiser transformá-lo em sobremesa, também é possível. Basta adicionar sorvete ou uma geleia.

Bubble and Squeak

o Bubble and Squeak é um prato “típico de segunda-feira”. Isso porque, normalmente, ele é feito com as sobras do assado de domingo. Esse prato consiste em uma espécie de panqueca feita com legumes, verduras ou raízes como cenoura, brócolis, ervilha, repolho, fritos com purê de batata.

É servido com um ovo frito, ou com sobras da carne assada na véspera.

Scotch Eggs (Bolovo Inglês)

Essa é a estrela dos piqueniques ingleses, além de estar presentes em festas e ser consumido como um lanche rápido. É uma massa frita ou assada de carne, ou salsicha com temperos e farinhas. No meio, há um ovo cozido mole.

Aproveite e confira as melhores comidas típicas de Portugal.

Shepherd’s Pie/ Cottage Pie

Outra comida típica da Inglaterra é o escondidinho à inglesa. Este é um prato típico de inverno, pois esquenta e satisfaz. O prato é feito com uma camada de carne moída dourada na cebola, e alguns vegetais como cenoura e ervilhas, que dão mais consistência ao prato.

Quando a carne usada é de cordeiro, o prato é chamado de Shepherd’s Pie. Já, quando usada carne de boi, chama-se Cottage Pie.

A carne é coberta com purê de batatas e queijo ralado por cima. O prato vai ao forno para dourar e ficar quentinho. É servido com pedaços de pão.

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Pratos doces

Toda refeição na Inglaterra que se preze é acompanhada de uma sobremesa. Para descobrir quais são as comidas doces típicas da Inglaterra, acompanhe a nossa lista a seguir:

Summer Pudding

O Summer Pudding é uma das sobremesas mais famosas da Inglaterra. Isso porque, no verão, as frutas vermelhas nascem em abundância no país e são elas a base para o doce. Ele é um pudim feito com pão italiano adormecido, açúcar e frutas vermelhas, como framboesa, amoras, morangos e cerejas.

Além disso, esse é um prato típico do verão. Dificilmente você encontrará restaurantes que o oferecem no inverno.

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Apple Pie e Banoffee Pie

As tortas doces também fazem parte das sobremesas inglesas. A apple pie é uma torta recheada com maçãs caramelizadas e canela, já a banoffee pie é recheada com caramelo e banana.

Scones

A Inglaterra é muito conhecida pelo tradicional chá das cinco. O chá é acompanhado por biscoitos com geleia ou manteiga, além de bolachinhas, sanduíches e os tradicionais scones.

Scones comidas típicas da Inglaterra

O Scone é um pãozinho bem típico da Inglaterra e rápido de fazer. A massa básica tem poucos ingredientes: farinha, açúcar, sal, leite e manteiga. Eles podem ser servidos com manteiga, geleia ou creme de nata. Além disso, é possível incrementar os scones adicionando à massa frutas secas, normalmente passas, mirtilos, groselha ou chips de chocolate.

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Bolo inglês

Outra delícia que não pode faltar no chá das cinco é o famoso bolo inglês. Ele é um bolo simples, que leva bastante manteiga e açúcar e é recheado com frutas cristalizadas, uvas-passas e frutos secos. Ele é muito parecido com um panetone.

Eton Mess

O Eton Mess é outra sobremesa típica da Inglaterra que consiste em um merengue quebrado com chantilly e morangos. Ele costuma ser servido em partidas de críquete no dia 4 de junho ou depois do British National Day, para celebrar o aniversário do rei George III.

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Dicas finais

Viu só como a culinária inglesa é rica? As comidas típicas da Inglaterra são deliciosas e podem agradar a todos os gostos, com exceção dos vegetarianos, é claro! Agora você pode planejar sua viagem para o país sem medo.

Sua intenção é morar na Inglaterra? Então leia esse artigo que escrevi e saiba tudo!

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